domingo, 24 de abril de 2016

O Príncipe – Maquiavel

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O livro “O Príncipe” foi escrito por Nicolau Maquiavel em 1513, mas só foi publicado em 1532. Como Nicolau morreu em 1527, a primeira edição do livro já é considerada uma publicação póstuma.
A repercussão de O Príncipe de Maquiavel através dos séculos ocorreu devido ao papel fundamental que a obra representa na construção do conceito de Estado. O Príncipe é um tratado político que serviu como base para modelar a estrutura governamental dos tempos modernos. Esse tratado possui 26 capítulos, além de uma dedicatória a Lourenço de Médici, e foi escrito a partir de reflexões sobre o passado político, reunindo conselhos e sugestões com o objetivo de conquistar a confiança de Médici.
Nessa época, a Itália estava dividida em pequenos Estados, repúblicas e reinos. Havia muita disputa de poder entre esses territórios. Maquiavel orienta os governantes a respeito dos perigos que existem em se dividir politicamente uma península e ficar exposto às grandes potências europeias.
Os 26 capítulos do livro possuem os seguintes títulos:
    • De quantas espécies são os principados e de que maneiras são adquiridos.
    • Os principados hereditários.
    • Os principados mistos.
    • A razão pela qual o reino de Dario III não se rebelou contra seus sucessores após a morte de Alexandre.
    • De que modo devem-se governar as cidades ou os principados que, antes da conquista, possuíam suas próprias leis.
    • Os principados conquistados com as próprias armas e qualidades pessoais.
    • Os principados novos conquistados com as armas e virtudes de outros.
    • Os que conquistaram o principado por meio de crimes.
    • O principado civil.
    • Como medir as forças de todos os principados.
    • Os principados eclesiásticos.
    • Os tipos de milícias e os soldados mercenários.
    • Os exércitos auxiliares, mistos e próprios.
    • Os deveres do príncipe com suas tropas.
    • As qualidades pelas quais os homens, especialmente os príncipes, são louvados ou vituperados.
    • A liberalidade e a parcimônia.
    • A crueldade e a clemência: se é melhor ser amado do que temido, ou antes, temido do que amado.
    • De que modo os príncipes devem manter a fé da palavra dada.
    • Como evitar o desprezo e o ódio.
    • Se as fortalezas e muitas outras coisas cotidianas usadas pelos príncipes são úteis ou não.
    • Como um príncipe deve agir para ser estimado.
    • Os secretários que acompanham o príncipe.
    • Como evitar os aduladores.
    • Por que os príncipes da Itália perderam seus Estados.
    • Quanto pode a fortuna influenciar as coisas humanas e como se pode resistir a ela.
    • Exortação para procurar tomar a Itália e libertá-la das mãos dos bárbaros.
Os principais tipos de poder (monarquia e república) são descritos nos capítulos 1 – 14. Depois, Maquiavel mostra como um príncipe deve proceder diante de seus súditos, como cuidar de suas finanças, que é melhor ser temido do que amado, além de ser preciso evitar ser odiado e manter o povo feliz (capítulos 15 – 23). No capítulo 24, Maquiavel se utiliza do conceito de perda que os príncipes italianos tiveram em seus estados para evitar tal perda em um governo.   O Príncipe termina com uma explicação de Nicolau Maquiavel sobre como tomar a Itália.
Fonte: http://www.nicolaumaquiavel.com.br/o-principe-maquiavel

INSTRUMENTOS NÁUTICOS

A expansão portuguesa obrigou a uma evolução bastante rápida da Ciência Náutica, uma vez que se tornou necessário superar novos obstáculos. Os Portugueses praticavam uma navegação de cabotagem, utilizando a barca e o barinel, embarcações pequenas e frágeis, até ao século XV, altura em que foram substituídos pela Caravela e pela Nau. O desenvolvimento da navegação astronômica com novos instrumentos e técnicas de navegação e os progressos da Cartografia permitiram que os portugueses se aventurassem «por mares nunca dantes navegados».

ASTROLÁBIO

O astrolábio era um instrumento naval antigo, usado para medir a altura dos astros acima do horizonte e para determinar a posição dos astros no céu, tendo sido usado, durante muito tempo, como instrumento para a navegação marítima.

                                                                                                                 
QUADRANTE

O quadrante, que tinha a forma de um quarto de círculo graduado de 0º a 90º e um fio de prumo no centro, tinha duas pínulas com um orifício, por onde se fazia pontaria à Estrela Polar. Este instrumento permitia determinar a distância entre o ponto de partida e o lugar onde a embarcação se encontrava, cujo o cálculo se baseava na altura desse astro.


BÚSSOLA 

A bússola foi provavelmente o instrumento de navegação e orientação mais usado durante os descobrimentos. Esta “pequena caixa” de madeira é compostas por uma agulha magnetizada colocada num plano horizontal e suspensa pelo seu centro de gravidade, que aponta sempre para o eixo norte-sul, ao seguir a direcção do norte magnético da Terra, indicando-nos o Norte.

                                                        
BALESTILHA

Este instrumento, que se supõe ter sido inventado pelos portugueses, é extremamente simples, sendo constituído por uma vara de madeira de secção quadrada e tendo cerca de 80 centímetros de comprimento. A sua função era medir a altura (em graus) que une o horizonte ao astro e, dessa forma, determinar os azimutes, antes e depois da sua passagem meridiana.


CARAVELA

A caravela foi uma embarcação criada pelos portugueses e usada durante a época dos descobrimentos nos séculos XV e XVI. Era uma embarcação rápida, de fácil manobra, capaz de bolinar e que, em caso de necessidade, podia ser movida a remos. Com cerca de 25 m de comprimento, 7 m de boca e 3 m de calado deslocava cerca de 50 toneladas, tinha 2 ou 3 mastros, convés único e popa sobrelevada. As velas latinas (triangulares) permitiam-lhe bolinar (navegar em ziguezague contra o vento).


NAU

Nau é uma denominação genérica dada a navios de grande porte até o século XV usados em viagens de grande percurso. Durante a época dos Descobrimentos, houve uma evolução dos tipos de navio utilizados.
De grande porte, como castelos de proa e de popa, com dois, três ou quatro mastros, e com duas ou três ordens de velas sobrepostas, as naus eram imponentes e de armação arredondada, chegando a ter 600 toneladas no auge da Carreira da Índia.  

MAPA – PORTULANO

Um portulano (do latim "portus", porto), ou portolano, é uma antiga carta náutica Europeia, datada do século XIII ou posterior. Estes mapas primitivos de origem italiana eram manuscritos em pergaminho. Não dispunham de um sistema de coordenadas geográficas (latitude e longitude), mas sim de rectas direcionais (linhas loxodrómicas ou de rumo) a partir de uma rosa-dos-ventos principal. Este tipo de traçado permitia calcular os pontos de acerto de rota de navegação com o simples auxílio da bússola.

Fonte: http://osdescobridoresbiju.blogspot.com.br/p/instrumentos-nauticos.html

5 especiarias usadas na Expansão Marítima

Quem diria que alguns gramas de canela, cravo e noz-moscada estiveram entre os fatores responsáveis pelo “descobrimento” da América? Pois é, artigos hoje tão comuns na culinária ocidental, as especiarias custavam seu peso em ouro e eram dificílimas de encontrar. Sendo assim, vamos conhecer 5 especiarias usadas durante a expansão marítima.
Os europeus buscavam especiarias originadas das regiões tropicais do sul e sudeste asiático. O comércio de especiarias existe deste a antiguidade, mas foi expandido a partir das Cruzadas que ocorreram na Idade Média. As especiarias eram utilizadas para conservar e melhorar o sabor dos alimentos. Eram utilizadas também como perfume, afrodisíaco, incenso, etc. Elas tinham longa durabilidade, suportavam meses de viagem sem perder sua qualidade aromática e medicinal.
Após a Tomada de Constantinopla, em 29 de maio de 1453, o comércio de especiarias ficou mais difícil, pois a rota dos mercadores cristãos foi bloqueada a partir do domínio turco. Para resolver o problema, os países ibéricos – Portugal e Espanha – procuraram uma rota alternativa para chegar às especiarias. Portugal explorou a rota oriental, contornando a África. A Espanha, por sua vez, explorou a rota ocidental, e acabou chegando à América. Com a colonização do território americano, os europeus introduziram nas regiões tropicais o plantio de especiarias, barateando o custo.

1- Pimenta-do-Reino

Pimenta-do-Reino
Seus grãos são secos e moídos, e seu sabor picante deriva da substância conhecida como piperina. O comércio da pimenta-do-reino era ativo no subcontinente indiano, de onde era trazido ao Ocidente por mercadores muçulmanos. O valor da pimenta era tão alto, que algumas fontes citam que Alarico I, o visigodo, exigiu dos romanos pagamento em ouro, prata e pimenta. Um quintal de grãos de pimenta (60 kg) chegou a valer, à época da expansão marítima, 52 gramas de ouro.

2- Cravo-da-Índia

Cravo-da-Índia
cravo é originário das Ilhas Molucas, na Indonésia. O botão da flor, seco, é usado como especiaria desde a antiguidade, para aromatizar alimentos e para fins medicinais. Na China, o cravo era usado não só como tempero, mas também como antisséptico bucal. Para conversar com o imperador, o visitante tinha que mascar cravo para prevenir o mau hálito. No início do século XVI, um 1 kg de cravo custava 7 gramas de ouro.

3- Canela

Canela
A caneleira é nativa do Sri Lanka, no sul da Ásia. Na medicina, é utilizada para curar resfriados. A canela é mencionada por autores clássicos, como Heródoto e aparece, inclusive, na Bíblia, no livro de Êxodo e Provérbios. No início do século XVI, era trazida por navegadores portugueses diretamente do Ceilão (atual Sri Lanka, Ásia). A partir de 1638, a Companhia das Índias Orientais, empresa holandesa, se apropriou das rotas de comércio portuguesas. Um 1kg de canela custava 10 gramas de ouro.

4- Noz-Moscada

Noz-Moscada
Desde a antiguidade até o século XIX, o único lugar onde a noz-moscada era encontrada era a Ilha Banda, nas Molucas, Indonésia. Era vendido por mercadores árabes à República de Veneza e, então, revendida a preços altíssimos. Em 1511, o português Afonso de Albuquerque, em nome do rei de Portugal, conquistou Malaca, o centro de comércio asiático. Em 1512, seus exploradores acabaram chegando a Banda, de onde encheram os navios de noz-moscada e cravinho.

5- Gengibre

Gengibre
gengibre possui um sabor picante e é originário da Ilha de Java, Índia e China. No Brasil, a introdução do gengibre é associada às invasões holandesas na região a partir de 1625, em Pernambuco. Maurício de Nassau trouxe ao Brasil o botânico Pison, que associou o gengibre ao Brasil, registrando que era cultivado tanto no país quanto na Ásia. Isto porque a planta era encontrada em estado silvestre. O caule subterrâneo do gengibre é utilizado desde a antiguidade, tanto na culinária quanto na medicina.

Fonte:http://www.historiadigital.org/curiosidades/5-especiarias-usadas-durante-a-expansao-maritima/

GUERRA DAS DUAS ROSAS



A Guerra das Duas Rosas é um conflito de grande importância para a compreensão do processo de formação da monarquia nacional inglesa. Essa guerra surgiu com a rivalidade entre duas famílias nobiliárquicas: os York e os Lancaster. Estas duas famílias eram provenientes da dinastia Plantageneta, que ocupou o trono britânico durante um longo período. No entanto, a crise entre essas duas famílias se deu por conta da morte do rei Eduardo III e a sucessão do trono às mãos de Henrique VI. 

Os York apoiaram a chegada de Henrique VI ao trono, mesmo este não tendo nenhuma habilidade para lidar com as questões políticas e militares do período. Nessa época, a Inglaterra vivenciava os últimos e decisivos conflitos da Guerra dos Cem Anos e passava por sérias dificuldades por conta das sucessivas vitórias francesas. Mesmo com o fracasso militar britânico, Ricardo de York apoiou a permanência de Henrique VI no trono, esperando que o mesmo morresse em pouco tempo. 

No entanto, o inapto rei Henrique VI conseguiu conceber um herdeiro, o que poderia colocar em risco os planos de Ricardo de York. Tendo em vista a situação desfavorável, Ricardo se uniu a um grupo de barões que exigia o afastamento dos Lancaster dos quadros da administração real. Insultado com a exigência do ambicioso nobre, Henrique VI organizou um exército contra as forças de Ricardo de York. Em 1455, na batalha de Saint Albans, o exércitos de York conseguiram vencer as tropas reais. 

Logo em seguida, Ludford Bridge, dos Lancaster, apoiou o rei e conseguiu bater os York, que se refugiaram na Irlanda. No ano de 1460, Ricardo de York recuperou suas forças e conseguiu mais uma vez derrubar as tropas Lancaster durante as lutas travadas em Northampton. Nesse momento, Ricardo tinha amplas condições para finalmente chegar ao trono britânico, mas na Batalha de Wakefield foi brutalmente assassinado por seus inimigos. 

Entretanto, os planos de Ricardo foram continuados pelo Barão de Wareick, que formou exércitos em prol da ascensão de Eduardo York, filho de Ricardo, ao trono. Dessa vez as tropas pró-York conseguiram tomar a cidade de Londres e proclamar Eduardo IV como o novo rei da Inglaterra. Na batalha de Towton os exércitos dos Lancaster foram completamente destruídos, o que obrigou o rei Henrique VI a se refugiar em terras escocesas. 

A significativa vitória dos York não sinalizava um ponto final para a guerra civil que se instalou na nação inglesa. Durante o reinado do York Eduardo IV, vários desentendimentos com os nobres que o apoiavam enfraqueceram politicamente a sua permanência no trono. Em 1469, o barão de Wareick e o duque de Clarence romperam laços com o rei e decidiram lutar em favor dos Lancaster. Graças a essa mudança de cenário, o rei Henrique VI conseguiu reassumir o trono britânico. 

No entanto, a aliança entre a nobreza daquela época poderia se reconfigurar ao menor sinal de desentendimento. No ano de 1471, o deposto Eduardo recuperou o apoio do duque de Clarence e imprimiu uma expressiva vitória na Batalha de Barnet, onde novamente Eduardo IV foi empossado como rei da Inglaterra. Alerta para um possível contragolpe, Eduardo assassinou vários membros da família Lancaster e ordenou a execução de Henrique VI e de seu futuro herdeiro.

Esse episódio acabou interrompendo o conflito entre os York e os Lancaster. O conflito só reacendeu quando Eduardo IV morreu, em 1483. O trono acabou ficando nas mãos de Ricardo III, tio mais novo de Eduardo IV, que assumiu o governo após o misterioso desaparecimento dos dois filhos do antigo rei nas instalações da Torre de Londres. Nesse período os Lancaster financiaram uma nova batalha em prol de um novo pretendente ao trono: Henrique Tudor. 

No ano de 1485, Henrique Tudor saiu da Bretanha e invadiu a Inglaterra com um contingente armado de mais de cinco mil soldados. Em contrapartida, os York tinham um poderoso exército que contava com o dobro de guerreiros. Surpreendentemente, as tropas de Henrique Tudor venceram a Batalha de Bosworth Field, onde Ricardo III foi morto. Com isso, Henrique Tudor foi coroado como Henrique VII, novo rei da Inglaterra. 

Para evitar outro possível confronto entre a rosa vermelha (a família Lancaster) e a rosa branca (a família York), Henrique VII casou-se com Isabel de York. Com isso a dinastia Tudor passou a ser representada com a sobreposição das duas rosas, o que indicava o fim do confronto.


Fonte: http://guerras.brasilescola.uol.com.br/idade-media/guerra-das-rosas.htm

Quatro artistas do Renascimento

Certamente você já ouviu falar de Michelangelo, Donatello, Rafael e Leonardo. Mas estes nomes não se referem apenas ao desenho animado Tartarugas Ninjas, que fez sucesso na televisão brasileira durante a década de 1990. Estes nomes remetem também a quatro artistas expoentes doRenascimento, movimento de contraposição aos valores medievais que transformou o cenário cultural e científico da Europa entre os séculos XIV e XVI. Vamos conhecer mais sobre o Renascimento e sobre alguns personagens?
Certamente o mais conhecido artista do Renascimento é Leonardo da Vinci, devido principalmente ao fato de ter se dedicado a uma grande quantidade de atividades, como a pintura, escultura, arquitetura, astronomia, música e várias outras áreas. O que aqui se pode destacar da obra de Leonardo da Vinci é a centralidade do homem como objeto principal de seu trabalho. O antropocentrismo, que tem o homem como centro do universo, é uma das características do Renascimento, contrapondo-se à arte do período medieval, cujo centro era Deus e a arte retratando a religiosidade.
Foi a centralidade do homem que levou da Vinci a produzir, por exemplo, a obra “A Última Ceia”, que, apesar do tema religioso, expõe Jesus Cristo e seus apóstolos mais como homens do que como seres sagrados, principalmente pela representação dos corpos na tela. Foi este objetivo antropocêntrico que o levou a estudar o corpo humano através da anatomia, utilizando pesquisas empíricas para representá-lo.

Escultura de Donatello retratando o episódio bíblico de Judith e Horlofenes
Escultura de Donatello retratando o episódio bíblico de Judith e Horlofenes
A anatomia serviu também a Donatello para a produção de suas esculturas, principalmente no que se refere à proporcionalidade entre os membros do corpo. O escultor produziu diversas obras no início do século XV, das quais se destaca Judith e Horlofenes, retratando o episódio bíblico em que Judith seduz e decapita o general Horlofenes para salvar o povo hebreu. O valor simbólico dado por Donatello à obra pretendia mostrar a castidade abatendo a luxúria, ou mesmo a república vencendo a tirania.

“Alba Madonna” de Rafael Sanzio
“Alba Madonna” de Rafael Sanzio
Rafael Sanzio ficou conhecido como o pintor das madonas, nome em italiano da mãe de Jesus. A contribuição de Rafael consistiu no desenvolvimento de algumas técnicas de pintura que davam destaque ao contraste de luzes. Os sombreados conseguiam dar maior realismo aos contornos do corpo humano, imprimindo também nas madonas expressões humanas, contrastando com sua figura religiosa.

Teto da Capela Sistina pintado por Michelangelo
Teto da Capela Sistina pintado por Michelangelo
Michelangelo Buonarroti se destacou por sua produção artística nas áreas da pintura e também das esculturas. Na pintura, podemos destacar os afrescos realizados no teto da Capela Sistina, na cidade do Vaticano, principalmente a retratação do episódio do gênesis, a Criação de Adão. Suas esculturas mais famosas foram Davi e também Pietá, esta representando Maria com Jesus morto em seu colo.

Davi, escultura de Michelangelo produzida no século XVI
Davi, escultura de Michelangelo produzida no século XVI

Fonte: http://escolakids.uol.com.br/quatro-artistas-do-renascimento.htm

Guerra dos Cem Anos

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Guerra dos Cem Anos
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Da esquerda para a direita: a Batalha de Crécy, a batalha de La Rochelle, a Batalha de Azincourt e o Cerco de Orleães.
Data 13371453
Local França e Países Baixos
Desfecho Vitória francesa decisiva e consolidação da Monarquia na França
Perdas territoriais A Casa de Valois garante o controle de toda a França, menos Pale de Calais
Combatentes
Arms of Edward III of England.svg Reino da Inglaterra
Blason fr Bourgogne.svg Ducado da Borgonha
Blason region fr Bretagne.svg Ducado da Bretanha (Montfort)
Armoiries Portugal 1247.svg Reino de Portugal
Blason Royaume Navarre.svg Reino de Navarra
Blason Nord-Pas-De-Calais.svg Condado da Flandres
Hainaut Modern Arms.svg Condado de Hainaut
Blason region fr Aquitaine.svg Ducado da Aquitânia
Blason France moderne.svg Reino da França
Blason Castille Léon.svg Coroa de Castela
Blason region fr Bretagne.svg Ducado da Bretanha (Blois)
Royal arms of Scotland.svg Reino da Escócia
Armoiries Gênes.svg República de Gênova
Armoiries Jean de Luxembourg.svg Reino da Boêmia
Armas de Aragon.png Coroa de Aragão


A expressão Guerra dos Cem Anos, surgida em meados do século XIV, identifica uma série de conflitos armados, registrados de forma intermitente, durante o século XIV e o século XV (de 1337 a 1453, concordando com as datas convencionais), envolvendo a França e a Inglaterra.[1] Embora a guerra tenha durado 116 anos o tempo foi arredondado para 100. A longa duração desse conflito explica-se pelo grande poderio dos ingleses de um lado e a obstinada resistência francesa do outro. Ela foi a primeira grande guerra europeia que provocou profundas transformações na vida econômica, social e política da Europa Ocidental. A França foi apoiada pela Escócia, Boêmia, Castela e Papado de Avinhão. A Inglaterra teve por aliados os flamengos, alemães e portugueses. A questão dinástica que desencadeou a chamada Guerra dos Cem Anos ultrapassou o caráter feudal das rivalidades político-militares da Idade Média e marcou o teor dos futuros confrontos entre as grandes monarquias europeias.

Índice

O Reino da França

João II de Valois condecora cavaleiros. miniatura do século XV, na Biblioteca Nacional da França.
No início do século XIV, o reino da França, drenado por grandes bacias fluviais e desfrutando de um clima favorável para a agricultura, estava florescendo, com seus 17 milhões de habitantes,[2] [3] a primeira potência em termos demográficos da Europa. A sociedade agrícola baseia-se em um sistema feudal e religioso muito hierarquizado. A produção agrícola é capaz de alimentar a população (não havia mais fome desde o século XII[4] ) e necessita da nobreza para defender a terra.[5]
O clero desempenha um importante papel social na organização da sociedade. Os clérigos são alfabetizados e têm habilidades na aritmética e gestão das instituições; os religiosos administram organizações de caridade[6] e escolas[7] onde somando-se com os feriados religiosos, o número de feriados chega a 140 por ano.[8]

Os atritos

Historiograficamente é registrada entre 1334 a 1452. As suas causas remotas prendem-se à época em que o duque da Normandia, Guilherme, o Conquistador, apoderou-se da Inglaterra em (1066). Desde Guilherme, os monarcas ingleses controlavam extensos domínios senhoriais em território francês, ameaçando o processo de centralização monárquica da França que se esboçava desde o século XII. Durante os séculos XII e XIII, os soberanos franceses tentaram, com crescente sucesso, restabelecer a sua autoridade sobre esses feudos.
No século XII, o rei Henrique II da Inglaterra se casou com Leonor da Aquitânia e, segundo as tradições feudais, tornou-se vassalo do rei da França nos ducados da Aquitânia (Antiga Guiena, Guyenna ou Guyenne) e Gasconha. Desde então, as relações entre os reis da Inglaterra e França foram marcadas por conflitos políticos e militares. Isso culminou na questão da soberania sobre a Gasconha. Pelo Tratado de Paris (1259), Henrique III de Inglaterra abandonara as suas pretensões sobre Normandia, Maine, Anjou, Touraine e Poitou, conservando apenas a Gasconha. Os constantes conflitos vinham pelo fato do rei inglês, que era duque da Gasconha, ressentir-se de ter de pagar pela região aos reis franceses e de os vassalos gascões frequentemente apelarem ao soberano da França contra as decisões tomadas pelas autoridades inglesas na região.
As influências francesa e inglesa em Flandres (atual Bélgica e Países Baixos) eram também opostas, pois os condes desse território eram vassalos da França e, por outro lado, a burguesia estava ligada economicamente à Inglaterra. Além do intenso comércio estabelecido na região, Flandres era importante centro produtor de tecidos, que consumia grande parte da produzida pela Inglaterra. Essa camada urbana vinculada à produção de tecidos e ao comércio posicionava-se a favor dos interesses ingleses e portanto, contra a ingerência política francesa na região. Resolveram, flamengos e ingleses, estabelecer uma aliança, que irritou profundamente o rei da França, também interessado na região. Com muita sabedoria, eles obedeceram à nova lei pública na Europa, portanto estavam numa crise de guerras Europeias .
Retrato do monarca inglês Eduardo III.
O estopim dos conflitos se deu com o problema sucessório resultante da morte do terceiro e último filho de Filipe IV, o Belo, Carlos IV, em 1328. Entre os possíveis sucessores estavam: o rei inglês Eduardo III, da dinastia Plantageneta, sobrinho do falecido monarca pelo lado materno, detentor dos títulos de duque da Aquitânia e conde de Ponthieu (na região do canal da Mancha); e o nobre francês Filipe, conde de Valois, sobrinho de Filipe IV, o Belo, pertencente a um ramo secundário da família real. As pretensões dos dois foram examinadas por uma assembleia francesa que, apoiando-se na lei sálica, segundo a qual o trono não poderia ser ocupado por um sucessor vindo de linhagem materna, inclinou-se para o candidato nacional, aclamando o sobrinho, Filipe de Valois, com o título de Filipe VI. O rei inglês não discutiu a decisão, reconhecendo Filipe VI em Amiens em 1329.
O Conde de Nevers, regente de Flandres desde 1322, prestou juramento de obediência ao seu suserano Filipe VI, decisão que poderia paralisar a economia flamenga.
Eduardo III, após a intervenção de Filipe VI em Flandres apoiando o conde contra os amotinados flamengos, suspende as exportações de lãs. A burguesia flamenga forma um partido a favor do rei de Inglaterra, incitando-o a proclamar-se rei de França. Assim, Eduardo III, instigado por Jacques Artervelde - rico mercador que já havia liderado uma rebelião na cidade flamenga de Gante - e temendo perder o ducado francês de Ducado da Aquitânia - mantido como feudo de Filipe VI -, repudiou o juramento de Amiens e alegou a superioridade de seus títulos à sucessão.
Os franceses acusavam os ingleses de desenvolverem uma política expansionista, percebida pelos interesses na Aquitânia e em Flandres. Já os ingleses insistiam em seus legítimos direitos políticos e territoriais na França. Embora tenham ocorrido crises anteriores, em geral, a data de 24 de maio de 1337 é considerada como o início da guerra: nesse dia, após uma série de discussões, Filipe VI, cônscio da grave ameaça que representava para os seus domínios a existência de um ducado leal à coroa inglesa, apoderou-se de Aquitânia. Eduardo respondeu imediatamente: não reconheceu mais "Filipe, que dizia ser rei da França", e ordenou o desembarque de um exército em Flandres. Iniciava-se a Guerra dos Cem Anos. A situação se deteriorou diante do auxílio francês à independência da Escócia nas guerras que Eduardo III e o seu pai haviam iniciado contra os reis escoceses para ocupar o trono desse país.

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_dos_Cem_Anos


Grandes Navegações

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Caravela Portuguesa da Época das Grandes Navegações
Caravela Portuguesa da Época das Grandes Navegações

Introdução

Durante os séculos XV e XVI, os europeus, principalmente portugueses e espanhóis, lançaram-se nos oceanos Pacífico, Índico e Atlântico com dois objetivos principais : descobrir uma nova rota marítima para as Índias e encontrar novas terras. Este período ficou conhecido como a Era das Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos.

Os objetivos

No século XV, os países europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre, canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para poderem também lucrar com este interessante comércio.

Um outro fator importante, que estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa. Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento, pois, significaria novos fiéis.

Os reis também estavam interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria mais poder para os reis absolutistas da época (saiba mais em absolutismo e mercantilismo).

Pioneirismo português

Portugal foi o pioneiro nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações, principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período, eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma centro de estudos : A Escola de Sagres.

Planejamento das Navegações

Navegar nos séculos XV e XVI era uma tarefa muito arriscada, principalmente quando se tratava de mares desconhecidos. Era muito comum o medo gerado pela falta de conhecimento e pela imaginação da época. Muitos acreditavam que o mar pudesse ser habitado por monstros, enquanto outros tinham uma visão da terra como algo plano e , portanto, ao navegar para o "fim" a caravela poderia cair num grande abismo.

Dentro deste contexto, planejar a viagem era de extrema importância. Os europeus contavam com alguns instrumentos de navegação como, por exemplo: a bússola, o astrolábio e a balestilha. Estes dois últimos utilizavam a localização dos astros como pontos de referência.

Também era necessário utilizar um meio de transporte rápido e resistente. As caravelas cumpriam tais objetivos, embora ocorressem naufrágios e acidentes. As caravelas eram capazes de transportar grandes quantidades de mercadorias e homens. Numa navegação participavam marinheiros, soldados, padres, ajudantes, médicos e até mesmo um escrivão para anotar tudo o que acontecia durantes as viagens.

Navegações portuguesas e os descobrimentos

No ano de 1498, Portugal realiza uma das mais importantes navegações: é a chegada das caravelas, comandadas por Vasco da Gama às Índias. Navegando ao redor do continente africano, Vasco da Gama chegou à Calicute e pôde desfrutar de todos os benefícios do comércio direto com o oriente. Ao retornar para Portugal, as caravelas portuguesas, carregadas de especiarias, renderam lucros fabulosos aos lusitanos.

Outro importante feito foi a chegada das caravelas de Cabral ao litoral brasileiro, em abril de 1500. Após fazer um reconhecimento da terra "descoberta", Cabral continuou o percurso em direção às Índias.

Em função destes acontecimentos, Portugal tornou-se a principal potência econômica da época.

Navegações Espanholas

A Espanha também se destacou nas conquistas marítimas deste período, tornando-se, ao lado de Portugal, uma grande potência. Enquanto os portugueses navegaram para as Índias contornando a África, os espanhóis optaram por um outro caminho. O genovês Cristovão Colombo, financiado pela Espanha, pretendia chegar às Índias, navegando na direção oeste. Em 1492, as caravelas espanholas partiram rumo ao oriente navegando pelo Oceano Atlântico. Colombo tinha o conhecimento de que nosso planeta era redondo, porém desconhecia a existência do continente americano. Chegou em 12 de outubro de 1492 nas ilhas da América Central, sem saber que tinha atingido um novo continente. Foi somente anos mais tarde que o navegador Américo Vespúcio identificou aquelas terras como sendo um continente ainda não conhecido dos europeus. Em contato com os índios da América (maias, incas e astecas), os espanhóis começaram um processo de exploração destes povos, interessados na grande quantidade de ouro. Além de retirar as riquezas dos indígenas americanos, os espanhóis destruíram suas culturas.

Indicação de filme sobre o tema:

- 1492 A CONQUISTA DO PARAÍSO, Estados Unidos, 1992, 154 minutos
   Diretor: Ridley Scott.
  Temas: Grandes Navegações e Descobrimentos Marítimos, Inquisição e Chegada dos espanhóis à América.

http://www.suapesquisa.com/grandesnavegacoes/

O pioneirismo português

O pioneirismo português
O infante Dom Henrique teve grande papel no desenvolvimento marítimo de Portugal.
O período das Grandes Navegações e a consolidação da economia mercantil dentro da Europa estabeleceu um novo tipo de relação entre as nações européias. O interesse na conquista de novas rotas comerciais e a descoberta de áreas de colonização permitiu uma relação competitiva entre as nações européias. O controle de uma terra distante e a descoberta de um novo ponto comercial significava a possibilidade de fortalecimento do Estado por meio da expansão de suas atividades mercantis.

Apesar de termos essa situação competitiva se desenvolvendo ao longo da Idade Moderna, o papel pioneiro desempenhado pela nação portuguesa colocou este Estado à frente de outros países durante um bom tempo. Para que possamos entender essa diferença de Portugal em relação ao restante da Europa, é necessário que visualizemos uma série de acontecimentos históricos que contribuíram diretamente para que a nação lusitana fosse a primeira potência marítima de seu tempo.

Um dos pontos que primeiramente diferencia o caso português está relacionado ao processo de formação de sua monarquia nacional. Ao contrário dos longos e desgastantes conflitos que marcam a grande maioria dos processos de formação das monarquias nacionais, Portugal formou um estado centralizado em um relativo curto período de tempo. Já no século XIV, a chamada dinastia de Avis havia fixado uma situação política estável naquele país.

Além disso, devemos também salientar alguns outros aspectos de ordem histórico-geográfica que contribuíram enormemente na vanguarda marítima lusitana. A sua posição geográfica privilegiada transformava o litoral português em ponto de chegada e partida de várias embarcações que circulavam por diversos mares e, principalmente, pelo Oceano Atlântico. Não por acaso, a classe mercantil desse país teve a oportunidade de firmar laços comerciais com diferentes nações.

Sob o ponto de vista tecnológico, Portugal também ocupava uma posição privilegiada em comparação às outras nações do Velho Mundo. Nas primeiras décadas do século XV, com o incentivo do infante Dom Henrique, vários navegadores, cartógrafos, astrônomos, matemáticos e construtores se reuniram em torno do aprimoramento das técnicas de navegação. Tal concentração de estudiosos formou a chamada Escola de Sagres, nome que designa a presença desses vários profissionais na região do Algarve.

Dessa forma, os portugueses se aproveitaram de uma situação de cunho histórico, político, geográfico e econômico que ofereceu claras vantagens na corrida pelos mares. Ao longo do século XV, a conquista de vários pontos do litoral africano, de algumas ilhas atlânticas e a ultrapassagem do Cabo da Boa Esperança marcaram a expansão marítima dessa nação. No fim desse mesmo século, esse ciclo de descobertas se encerra com a chegada ao Brasil, oficializada no ano de 1500.
Por Rainer Sousa
Mestre em História

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Igreja Católica

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Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Igreja Católica (desambiguação).
A Igreja Católica (o termo "católico", derivado da palavra grega: καθολικός (katholikos), significa "universal", "geral" ou "referente à totalidade"[1] ), chamada também de Igreja Católica Romana [2] e Igreja Católica Apostólica Romana [3] , é uma Igreja cristã com aproximadamente dois mil anos[4] , colocada sob a autoridade suprema visível do Papa, Bispo de Roma e sucessor do apóstolo Pedro. Seu objetivo é a conversão ao ensinamento e à pessoa de Jesus Cristo em vista do Reino de Deus -concede um papel condizente nesta missão à Nossa Senhora, a quem intitulou de "Mãe da Igreja", considerando que nem mesmo se deve temer que o incremento do culto, tanto litúrgico como privado, a ela dedicado, possa ofuscar ou diminuir o «culto de adoração, que é prestado ao Verbo Encarnado e do mesmo modo ao Pai e ao Espírito Santo.[5] [6] . Para este fim, a Igreja Católica administra os sacramentos e prega o Evangelho de Jesus Cristo.[7] Atua em programas sociais e instituições em todo o mundo, incluindo escolas, universidades, hospitais e abrigos, bem como administra outras instituições de caridade, que ajudam famílias, pobres, idosos e doentes.[7]
A Igreja Católica se considera "A Igreja" estabelecida por Deus para salvar todos os homens, embora admita a possibilidade de salvação dos que não a seguem [8] . Esta ideia é visível logo no seu nome: o termo "católico" significa global em grego. Ela elaborou sua doutrina ao longo dos concílios a partir da Bíblia, comentados pelos Pais e pelos doutores da Igreja. Ela propõe uma vida espiritual e uma regra de vida aos seus fiéis inspirada no Evangelho e definidas de maneira precisa. Regida pelo Código de Direito Canónico, ela se compõe, além da sua muita bem conhecida hierarquia ascendente que vai do diácono ao Papa, de vários movimentos apostólicos, que comportam notadamente as ordens religiosas, os institutos seculares e uma ampla diversidade de organizações e movimentos de leigos.
Desde o dia 13 de Março de 2013, a Igreja Católica encontra-se sob a liderança do Papa Francisco. O último papa antes do argentino foi o Papa Bento XVI, que abdicou do cargo no mesmo ano. Quando de sua entronação, ela contava aproximadamente com 1,2 bilhões de membros [9] (ou seja, mais de um sexto da população mundial[10] e mais da metade de todos os cristãos,[11] ), distribuídos principalmente na Europa e nas Américas mas também noutras regiões do mundo. Sua influência na História do pensamento bem como sobre a História da arte é considerável, notadamente na Europa.
A Igreja Católica, pretendendo respeitar a cultura e a tradição dos seus fiéis, é por isso atualmente constituída por 23 Igrejas autônomas sui juris, todas elas em comunhão completa e subordinadas ao Papa. Estas Igrejas, apesar de terem a mesma doutrina e fé, possuem uma tradição cultural, histórica, teológica e litúrgica diferentes e uma estrutura e organização territorial separadas. A Igreja Católica é muitas vezes confundida com a Igreja Católica Latina, uma das suas 23 Igrejas autônomas e a maior de todas elas [12] [13] [14] .

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica


Navio negreiro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Disambig grey.svg Nota: Se procura a poesia abolicionista de Castro Alves sobre, veja O Navio Negreiro.
Maquete do interior de um navio negreiro.
Navio negreiro por Rugendas
Plano do navio negreiro britânico Brookes.
Navio negreiro (também conhecido como "navio tumbeiro") é o nome dado aos navios de carga para o transporte de escravos, especialmente os escravos africanos, até o século XIX.
Aprisionados no interior da África subsaariana, por outros africanos que lucravam com o tráfico, os escravos eram trazidos em marcha forçada até o litoral do continente, onde os sobreviventes, que não haviam sido comercializados localmente, eram despojados de suas roupas e eventuais pequenos pertences que ainda carregassem consigo, para serem vendidos aos comerciantes europeus, que os embarcavam nos navios negreiros. Neles, os escravos eram destinados aos porões da embarcação, onde ficavam presos em grupos às correntes. Cada navio, levava em média quatrocentos africanos amontoados. O mau-cheiro imperava, e o espaço para movimentação era mínimo, porque embora navios deste tipo fossem geralmente grandes, se otimizava o espaço do mesmo para caber o maior numero possível de escravos.
A partir de 1432 quando o navegador português Gil Eanes levou para Portugal a primeira carga de escravos negros vindos da África que os portugueses começaram a traficar os escravos com as Ilha da Madeira e em Porto-Santo. Mais adiante os negros foram trazidos para o Brasil.
A história dos navios negreiros é das mais comoventes. Homens, mulheres e crianças eram transportados amontoados em compartimentos minúsculos dos navios, escuros e sem nenhuma cuidado com a higiene. Conviviam no mesmo local, a fome, a sede, as doenças, a sujeira, os agonizantes e os mortos.
Sem a menor preocupação com a condição dos negros, os responsáveis pelos navios negreiros amontoavam negros acorrentados como animais em seus porões que muitas vezes advinham de diferentes lugares do continente africano, causando o encontro de várias etnias e que por vezes eram também inimigas. Seus corpos eram marcados pelas correntes que os limitavam nos movimentos, as fezes e a urina eram feitas no mesmo local onde permaneciam. Os movimentos das caravelas faziam com que muitos passassem mal e vomitassem no mesmo local. Os alimentos simplesmente eram jogados nos compartimentos uma ou duas vezes por dia, cabendo aos próprios negros promover a divisa da alimentação. Como os integrantes do navio não tinham o hábito de entrar no porão, os mortos permaneciam ao lado dos vivos por muito tempo.
Quando o navio encontrava alguma dificuldade durante seu trajeto, o comandante da embarcação ordenava que os negros moribundos ou mortos fossem lançados ao mar, como alternativa para reduzir o peso do navio. Nestes casos, o mar acabava se tornando a única saída dos negros para a luz, antes de chegarem aos destinatários do comércio.
A organização da Companhia dos Lagos propunha-se a incentivar e desenvolver o comércio africano e dar expansão ao tráfico negreiro, sua viagem inicial motivou a formação de várias companhias negreiras, tais como: Companhia de Cacheu] (1675), Companhia de Cabo Verde e Cacheu de Negócios de Pretos (1690), Companhia Real de Guiné e das Índias (1693) e Companhia das Índias Ocidentais (1636). No Brasil, devido ao êxito do empreendimento, deu-se a criação da Companhia Geral do Comércio do Brasil (1649).
Somente no século XIX que as leis proibiram o comércio de negros. Entre 1806 e 1807, a Inglaterra acabou com o tráfico negreiro em seu Império e em 1833 proibiu o trabalho escravo. No Brasil, mesmo após o tráfico negreiro ter sido proibido, a escravidão permaneceu até 1888.
O tráfico transatlântico de escravos africanos começou a entrar em decadência, somente a partir da sua abolição no início do século XIX pelo Reino Unido, com alguns países como o Brasil persistindo em sua prática, até serem forçados a abandoná-lo décadas depois. Devido às péssimas condições, físicas e psicológicas, em que se encontravam os escravos transportados, muitos morriam, eram mortos ou suicidavam-se durante a travessia.

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Navio_negreiro