domingo, 26 de junho de 2016

Recomendação: Novela ''Liberdade Liberdade''

A novela Liberdade Liberdade conta a história de Joaquina, filha de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

Sinopse: 
história da novela Liberdade Liberdade começa quando Tiradentes foi enforcado pelo fato de defender a Independência do Brasil em relação a Portugal. Pouco antes de sua morte, Tiradentes descobre que teve uma filha com Antônia, a pequena Joaquina.
Raposo, que era bastante simpatizante das pessoas que lutavam contra a coroa portuguesa, vê que a menina presencia todo o ocorrido com o pai e para ajudá-la decide cria-la como sua filha em Portugal. Raposo muda o nome de Joaquina para Rosa e ao chegar em Portugal cria menina como fosse sua filha e ensina tudo que sabe para ela.
Com o passar do tempo Raposo vê que a menina está tornando uma pessoa bastante forte e decidida e ao mesmo tempo bastante sonhadora, como seu pai Tiradentes.
Raposo é um homem muito bem de vida e que, apesar de ter apoiado os inconfidentes na luta contra a coroa portuguesa, deve tudo que tem a eles. Raposo se tornou um homem muito rico e um dia ao saber que os nobres estão retornando para as terras do Brasil ele também decide voltar.
Raposo chega com sua família ao Brasil e começa a chamar bastante atenção das pessoas. Além de Joaquina ele vem acompanhado com seus outros filhos André, que é um rapaz muito bonito, e de Bertoleza, que é uma negra alforriada e que também se tornou irmã de Joaquina.
Logo que Raposo chega ao Brasil com a sua família ele vai se encontrar com sua irmã Dionísia, que é a responsável por cuidar de todas as suas posses no Brasil. Todos começam a ficar curiosos sobre a família de Raposo principalmente por causa de Joaquina que além de ser muito bonita também têm opiniões bastante fortes e é bastante corajosa. Ela sempre quer ajudar as pessoas independente de classe social ou raça.
Com a chegada de Joaquina ao Brasil muitas coisas irão acontecer. Ela irá acabar se interessando por Xavier, um rapaz bastante atraente que passou seis anos na Europa estudando. No entanto, ao chegar ao Brasil, ele reencontrará Branca, sua namorada que espera pelo noivo para se casarem. Logo de cara ela vai perceber a troca de olhares entre o noivo Xavier e Joaquina e vai fazer de tudo para não perder o noivo para outra mulher.
Do lado da vilania da novela Liberdade Liberdade da Globo está Mão de Luva que logo que ver Joaquina já vai reconhece-la, já que no passado tentou vende-la em troca de ouro. Ele logo percebe que provavelmente a moça deve valer muito mais do que anos antes.
Outro grande vilão da novela será Rubião, uma pessoa completamente tradicional e descendente da família real portuguesa. Ele vai acabar se interessando por Rosa e ela também vai se sentir bastante atraída pelo rapaz, no entanto, quando Rosa, ou melhor, Joaquina, descobrir que ele é um dos responsáveis por tudo que aconteceu em sua família no passado, tudo irá mudar. Ela vai descobrir que Rubião é o responsável por ter entregado a luta de seu pai Tiradentes para a coroa e que foi ele que acabou com a vida de sua mãe Antônia.
É no Brasil que Rosa, ou melhor, Joaquina, vai despertar todos os sentimentos do passado e lutar por tudo que lhe é de direito.
Fonte: http://resumonovelasbr.com.br/historia-sinopse-novela-11-liberdade-liberdade/

Invasões Holandesas no Brasil

Brasil foi invadido pelos holandeses por duas vezes. No ano de 1624 ocorreu a posse de Salvador, que durou um ano, e em 1630 eles tomam Pernambuco, controlando quase todo o Nordeste por 24 anos, tendo como principal objetivo a comercialização do açúcar.
De todas as regiões nordestinas, a mais abastada do mundo no cultivo de açúcar era Pernambuco, e como o objetivo dos holandeses era o controle deste produto na Europa, Pernambuco foi um alvo importante durante as invasões holandesas.
Os holandeses pretendiam alcançar a região dos engenhos, porém, eles foram obstruídos pelas Milícias dos Descalços – guerrilheiros que tinham o intuito de fazer oposição às invasões.
No ano de 1637 chegou a Pernambuco, designado pela Companhia das Índias – empresa instituída pela Holanda para avalizar a comercialização do açúcar brasileiro -, o conde Maurício de Nassau, militar de nacionalidade alemã que para ali fora designado no intuito de consolidar o domínio holandês.
Sua primeira ação prática consistiu em ampliar a área já subjugada instituindo um fidedigno Brasil holandês. Entre suas iniciativas está o alargamento do limite sul da Nova Holanda – nome que recebeu a região conquistada pelos holandeses – até as margens do Rio São Francisco, e a criação do forte Maurício, próximo à vila de Penedo.
Maurício de Nassau foi o responsável por um grande progresso no Nordeste durante sua administração: criaram-se muitos hospitais, asilos e várias ruas foram ladrilhadas.
Em 1640, ocorreu um abalo em Portugal que libertou este do domínio Espanhol; no ano de 1641, Portugal, estando em desavença com a Espanha, opta por um armistício de dez anos com a Holanda, que em pouco tempo passa a valer também no Brasil.
Não havendo mais tentativas de se tomar outras terras, Nassau passou a dedicar-se inteiramente à administração do território brasileiro holandês.
Maurício de Nassau procurou obter a aceitação dos senhores de engenho e da população à ocupação holandesa, não se preocupou em gastar o dinheiro da Companhia das Índias para realizar melhorias nas cidades, em folguedos para o povo e principalmente em comodatos aos proprietários rurais que tiveram suas lavouras danificadas em virtude das lutas, estimulou as artes e as ciências e instituiu uma vida cultural totalmente nova e desconhecida até o momento pelo Brasil colonial.
Economicamente, tentou diferenciar a agricultura nordestina da pecuária do Rio Grande do Norte, no campo político expandiu a participação das camadas gerenciadoras, incluindo os judeus, portugueses e comerciantes, sendo que holandeses tornaram-se a metade dos representantes e a outra se constituía de luso-brasileiros.
Em 1640, chamou-se o primeiro Parlamento da América do Sul para a instituição de uma legislação para o Brasil holandês.
Em 1644, se finda o governo de Maurício de Nassau, sendo sua deposição aceita pela Companhia das Índias, com quem já vinha em conflito há algum tempo em virtude de seus gastos considerados excessivos.
Após a partida de Maurício de Nassau, intensificaram-se os conflitos entre os senhores de engenho e os comerciantes holandeses, pois devido a várias intempéries os senhores de engenhos não estavam conseguindo pagar os empréstimos efetuados para as plantações.
A Companhia das Índias resolveu assumir as dívidas dos plantadores com os comerciantes, porém não o fez de graça, interveio nos engenhos confiscando a produção.
Em 1654, após muitos confrontos, finalmente os colonos portugueses - apoiados por Portugal e Inglaterra - conseguiram expulsar os holandeses do território brasileiro.
Durante o tempo em que ficaram no Brasil, os holandeses deixaram como legado várias melhorias para o país, como a implantação de uma sociedade urbana em Recife, por exemplo; a luta contra os invasores contribuiu também para a concepção do sentimento nativista no povo.

Fonte: http://www.infoescola.com/historia/invasoes-holandesas-no-brasil/

A moda no Brasil Colônia e Império

Em uma terra onde os nativos andavam nus, os europeus trouxeram uma cultura em que os trajes tinham a função de identificar classes sociais e demarcar as origens de cada um, formando uma intrincada e complexa dinâmica social. Relatos de religiosos, viajantes europeus e governantes portugueses nos trazem informações preciosas sobre o modo de vestir dos habitantes da colônia. A parcela mais abastada da sociedade passou a utilizar a indumentária como forma de marcar a distância em relação à grande massa de habitantes pobres e de escravos. Já os moralistas da Igreja e do Estado, as pessoas que se preocupavam com o chamado "bem público", condenavam o luxo, a vaidade e a ostentação.

Funcionário do governo saindo a passeio, Jean Baptiste Debret.  Família sai à rua ostentando roupas elegantes e escravos bem-vestidos, importantes sinais de prestígio no Brasil do século XIX.


A Igreja e a Coroa portuguesa estavam atentas a tudo que pudesse desestabilizar o modelo idealizado de sociedade, fortemente hierarquizado, não havendo espaço para a quebra das regras preestabelecidas de comportamento. [...]

Nessa época, "estar na moda" era estar em sintonia com o que era uado pela alta nobreza. Rainhas, reis, príncipes e princesas eram em quem todos gostariam de se espelhar. Mais do que elegância, vestir-se como os poderosos mostrava status, origem, classe social. Antes de tudo, era sinal de pertencer a um grupo muito seleto de pessoas que se diferenciavam do restante da população. As cortes mais importantes se alternavam como grandes referências do que se devia ou não vestir. Portugal nunca ocupou esse lugar de honra entre as nações europeias. Espanha, Inglaterra, Veneza, Florença e, principalmente, França ditavam moda.

Negro e negra do Brasil, Rugendas. Muitos negros cativos e libertos compravam roupas com o dinheiro que recebiam trabalhando nas ruas das cidades. Esse luxo da "população de cor" incomodou as elites por criar uma "promiscuidade de classe".

* Luxos coloniais. Um jesuíta ilustre, o português Antônio Vieira, chamou a atenção para o tema da ostentação e do luxo na indumentária colonial em uma de suas famosas pregações. [...] Uma elite formada por senhores de engenho, grandes proprietários de terra e traficantes de escravos, buscava se destacar na colônia, aguardando ansiosamente os navios que vinham da Europa com novos produtos e notícias sobre a moda vigente nas cortes europeias.

Existem diversos relatos de época contendo informações sobre o luxo do vestuário dos brasileiros. A maioria demonstra certo espanto com as roupas e os modos dos membros da elite, que quase sempre pecavam pelo excesso. No Brasil, os títulos de nobreza eram raros, pelo menos até a chegada da família portuguesa, em 1808, quando D. João VI começou a distribuir honrarias. Formou-se uma casta de fidalgos, geralmente sem título, mas com posses, disposta a provar a todo custo seu caráter nobre.

[...] A exibição de uma árvore genealógica sem mácula (mesmo que falsa), ter amizades influentes, praticar o ócio, exibir títulos (muitos de procedência duvidosa) eram as formas preferidas de demonstrar distinção social. Para ser reconhecido como fidalgo e ter os privilégios que isso proporcionava, não era suficiente possuir terras e grande número de escravos. Era necessário deixar bem visíveis os sinais que exteriorizavam essa condição. O ser e o parecer se confundiam nesta sociedade.

Os tecidos eram artigos muito valorizados no período colonial, já que eram todos importados via Portugal e comercializados a preços altíssimos pelos mercadores, que os traziam de navio ao Brasil. [...]

* Sociedade de contrastes. Na colônia, os hábitos ligados ao vestuário eram caracterizados por alguns paradoxos. Um dos mais interessantes é o contraste entre as roupas de sair às ruas e as adotadas dentro de casa. Até o século XIX, as mulheres fidalgas que viviam no Brasil pouco podiam sair, a não ser para ir às igrejas, em comemorações de datas religiosas, procissões, ou nas festas do Estado. Quando o faziam, sempre acompanhadas de parentes do sexo masculino (pais, irmãos ou maridos) e de suas mucamas, as damas costumavam vestir uma capa ou mantilha (de renda, sarja ou mesmo lã) que lhes cobria todo o corpo e deixava apenas os olhos de fora. Por baixo de tanto recato, vestiam-se à moda francesa, com tecidos de boa qualidade e muitas jóias [...].

Já para ficar em casa e até receber as visitas, as mulheres adotavam um traje bem simples e bem mais liberal: um tipo de camisolão ou camisa de mangas curtas, de tecido leve e transparente, decotado. [...] Algumas vestiam uma saia leve sobre essa camisola. As finas senhoras quase não usavam meias ou sapatos, apenas chinelas, ou permaneciam mesmo descalças. Nada de espartilhos ou corpetes. O peito ficava descoberto, sem pudores; os cabelos, soltos. Os homens também se tornavam desleixados na intimidade: dispensavam as meias ou as usavam caídas, a camisa branca ficava fora dos calções, sem coletes, casacas ou capas. No máximo, uma jaqueta fina ou gibão (casaco curto). Os mais despojados vestiam apenas ceroulas e camisa. Sapatos eram substituídos por chinelos.

No caso dos escravos, a responsabilidade de mantê-los decentemente vestidos era dos senhores. Em geral, estes não se preocupavam em oferecer trajes adequados para os servos. Apenas os escravos "de dentro" ganhavam roupas mais luxuosas, principalmente quando saíam à rua, pois era sinal de prestígio exibir escravos bem vestidos acompanhando seus senhores e senhoras em passeios pela cidade. Os outros costumavam andar seminus, apenas com uma camisa ou calça de tecido grosseiro (que logo viravam trapos).

Os escravos das incipientes cidades gozavam de relativa liberdade para seus negócios. Muitos deles eram "de ganho" ou aluguel, já que realizavam serviços em troca de pagamento. [...]

A prostituição foi uma das alternativas de ganho para as mulheres cativas e libertas. Com isso, não fica difícil deduzir que muitas escravas podiam adquirir mercadorias, como roupas e jóias. Os escravos alforriados representaram um papel importante na sociedade da época, principalmente com a descoberta do ouro e dos diamantes nas Minas Gerais do século XVIII. As mulatas forras, como a famosa Chica da Silva, escandalizaram as elites com seu luxo e ostentação [...].

O luxo da "população de cor" incomodava os "homens bons" e os religiosos da colônia e da metrópole, sendo criadas leis para evitar que "negras, negros e mulatos" usassem tecidos finos, jóias, brocados e adereços de ouro. Tais iniciativas mostram preocupação com a quebra da hierarquia e a "promiscuidade de classes" que o costume, tão difundido, causava aos olhos dos governantes. [...]

* Mudanças e modernidades. Em 1808, com a chegada da família real e a abertura dos portos às "nações amigas", o Brasil foi inundado por produtos importados, sobretudo da Inglaterra. A moda masculina passou a ser dominada pelos comerciantes ingleses, enquanto as mulheres adotavam a moda francesa. Os brasileiros mais ricos adquiriam o hábito de fazer compras nas ruas chics do Rio de Janeiro, como a rua do Ouvidor e a Direita. Muitos escravos e forros foram trabalhar nesse comércio do luxo e aprenderam novos ofícios, abrindo posteriormente seus próprios negócios.

A corte de D. Pedro II era austera e pouco dada a grandes eventos sociais, a exemplo do próprio imperador. A elite da época, no entanto, esforçava-se em mostrar-se elegante e opulenta. As mulheres caprichavam nos vestidos de tecidos nobres, jóias, luvas e chapéus; os homens circulavam trajando calças e casacas escuras, cartolas, lenços, luvas, relógios e bengalas.

Com a proclamação da República em 1889 e as mudanças do século XX, os brasileiros passaram a adotar roupas mais leves e práticas. O chapéu-panamá virou moda entre os homens modernos [...]. As mulheres começaram a ter certa liberdade e a trabalhar fora, não apenas nos serviços domésticos como era costume entre as mais pobres. As roupas refletiram tais novidades: saias mais curtas e sem armações, decotes e botinhas até os tornozelos. Chapéus e luvas eram obrigatórios para todas as classes sociais, assim como os terríveis espartilhos. [...]

Fonte: http://oridesmjr.blogspot.com.br/2012/03/moda-no-brasil-colonia-e-imperio.html

O Vestuário dos Bandeirantes

Bandeirante, monumento em bronze no Memorial do Rio Tietê em Salto - SP.

A visão idealizada dos bandeirantes apresenta-os bem compostos, geralmente usando chapéu, gibão e botas altas. São assim representados em muitos monumentos, e é provável que alguns deles, ao menos, assim saíssem de casa, no início de uma bandeira. Sim, alguns deles, os chefes, talvez. A maioria dos integrantes de uma bandeira não devia ter recursos para tanto.
Antes de mais nada, para quem pretendia percorrer a pé os sertões desconhecidos, não era possível ter bagagem considerável. Quem iria carregá-la? Mesmo que índios fossem incumbidos da tarefa, não se pode transportar o mundo às costas de seres humanos. Assim, levava-se, claro, alguma roupa, cobertores, a rede para dormir... e não muito mais que isso.
Referindo-se a Antônio de Almeida Falcão, Pedro Taques de Almeida Paes Leme anotou, na sua Nobiliarchia Paulistana:
"...e passando às minas de Cuiabá penetrou aqueles sertões em serviços da Real Coroa, com intento de novos descobrimentos de minas de ouro, à sua custa. Com esta disciplina se fez bastantemente experimentado na agreste vida que sofrem os sertanistas."
Vestuário e calçados eram, porém, rústicos, feitos de material disponível na própria colônia, como algodão, para os primeiros, couro de veado, para os últimos. Explica-se: a falta de meio circulante na Capitania de São Vicente quase impedia a compra de artigos mais sofisticados, vindos do Reino. Mesmo tidos como gente poderosa, os bandeirantes enfrentavam, pois, a floresta, com recursos bastante limitados. Calções de couro, pela sua resistência, eram comuns. Não raro, andavam descalços, como os índios, com quem aprendiam uma técnica que permitia, assim, caminhar mais rápido, deixando menos vestígios. O gibão acolchoado, no entanto, era uma peça importante: protegia contra as setas dos indígenas (*).
No século XIX, quando as bandeiras clássicas já eram coisa do passado, Saint-Hilaire, naturalista francês que andou pelo Brasil, escreveu, em referência aos sertanistas de São Paulo:
"Punham-se, então, em marcha, munidos de chumbo e de pólvora, uns levando um fuzil e outros um arco e flechas, todos armados de comprida faca, de que se serviam tanto para a defesa pessoal como para cortar os galhos das árvores e esfolar os animais selvagens. Iam descalços, com um cinturão de couro cru à volta dos rins e, na cabeça, um chapéu de palha de abas largas, sem outra vestimenta além de uma braga de tela grosseira de algodão e uma camisa curta, com as fraldas por fora das bragas; algumas vezes traziam uma couraça e coxotes de pele de veado (gibão e perneiras). Cada um levava um saco de couro a tiracolo, com suas provisões. Um chifre de boi servia de caneca e uma cuia ou cabaça partida ao meio servia de prato." (**)
Como se sabe, os testamentos deixados por alguns bandeirantes comprovam a veracidade dessas informações. Os que sobreviviam às aventuras sertanistas, retornavam geralmente em andrajos, muitas vezes com barbas enormes, a ponto de não serem reconhecidos pelos próprios parentes. Alguns, apesar do aspecto lamentável, tiveram a sorte de voltar cobertos de ouro. Outros, perdiam em seus empreendimentos quase tudo o que tinham. Houve até quem, ao chegar em casa muitos anos após a partida, descobrisse que fora dado como morto, em algum ponto longínquo do sertão. A suposta viúva já estava casada novamente, tendo até filhos com o segundo marido.

Fonte: https://martaiansen.blogspot.com.br/2012/10/vestuario-dos-bandeirantes.html

O trabalho dos escravos indígenas


Os índios foram usados no Brasil desde os primeiros anos da colonização até o século XVIII. Os colonos portugueses escravizaram os índios para que eles trabalhassem, principalmente, na extração de madeira. Os índios escravizados cortavam e transportavam a madeira até as embarcações.

Os índios eram muito explorados e recebiam duros castigos físicos quando se recusavam a trabalhar ou faziam algo errado. Muitos não aguentavam a situação e morriam.

O trabalho dos escravos africanos no Brasil

Os portugueses que colonizaram o Brasil foram buscar na África a mão-de-obra necessária para a cultura da cana-de-açúcar. Os escravos trabalhavam em todas as etapas da produção do açúcar, desde o plantio até a fabricação do açúcar nos engenhos. Trabalhavam de sol a sol e eram castigados com violência quando não cumpriam ordens, erravam no trabalho ou tentavam fugir. Tinham que executar todos os trabalhos solicitados por seu “dono”.

As mulheres escravas também trabalhavam muito, porém alguns tinham a “sorte” de realizarem serviços domésticos (limpeza, culinária, cuidar das crianças). Essas tinham uma atividade menos penosa.

Os filhos dos escravos trabalhavam desde muito cedo. Por volta dos oito anos já eram obrigados a executar trabalhos de adultos e praticamente perdiam sua infância.

A partir da metade do século XVIII, com a descoberta das minas de ouro, os escravos de origem africana passaram a trabalhar também na mineração. Faziam o trabalho mais pesado, ou seja, quebravam pedras, carregavam cascalho e atuavam na busca de pepitas de ouro nos rios.

Nos séculos XVIII e XIX eram comuns, principalmente nas cidades maiores, os escravos de ganho. Estes tinham a liberdade de executar serviços ou vender mercadorias (doces, por exemplo) nas ruas. Porém, a maior parte dos lucro destas atividades deveriam ser entregues aos seus proprietários. Embora ficassem com pouco, muitos escravos de ganho guardavam dinheiro durante anos para poder comprar a carta de alforria, conquistando assim sua liberdade.

Conclusão

O trabalho imposto aos escravos no Brasil até a abolição (1888) foi duro, massacrante e injusto (pois era obrigatório, sem direitos e sem remuneração). Recebiam apenas alimentação de baixa qualidade, roupas velhas e alojamento (senzala) subumano. Muitos escravos não resistiam e morriam de doenças ou em acidentes de trabalho, que eram comuns na época. Não possuíam não direito e eram vendidos e comprados como mercadorias. Contra estas condições de trabalho, muitos escravos fizeram revoltas ou fugiram, formando os quilombos, onde podiam trabalhar de acordo com os costumes africanos.

Fonte: http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/trabalho_escravos.htm
Introdução

No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro (produzido nos engenhos do nordeste) começaram a diminuir. Isto ocorreu, pois a Holanda havia começado a produzir este produto nas ilhas da América Central. Com preços mais baixos e boa qualidade, o mercado consumidor europeu passou a dar preferência para o açúcar holandês.

Crise do açúcar e a descoberta das minas de ouro 

Esta crise no mercado de açúcar brasileiro, colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda, pois, como sabemos, os portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados no Brasil. Foi neste contexto que os bandeirantes, no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.

A descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira “corrida do ouro”, durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros de todas as partes, e até mesmo portugueses, passaram a migrar para as regiões auríferas, buscando o enriquecimento rápido. Doce ilusão, pois a exploração de minas de ouro dependia de altos investimentos em mão-de-obra (escravos africanos), equipamentos e compra de terrenos. Somente os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes conseguiram investir neste lucrativo mercado.

Cobrança de impostos 

A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por exemplo, o degredo.

Além do quinto, Portugal cobrava de cada região aurífera uma certa quantidade de ouro (aproximadamente 1000 kg anuais). Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor devido. Esta cobrança gerou muito revolta entre a população.

Mudança da capital 

Com a exploração do ouro, a região Sudeste desenvolveu-se muito, enquanto o Nordeste começou a entrar em crise. Neste contexto, a coroa portuguesa resolveu mudar a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. Desta forma, pretendia deixar a capital próxima ao novo pólo de desenvolvimento econômico.

Desenvolvimento das cidades

Nas regiões auríferas, várias cidades cresceram e muitas surgiram neste período. A vida nas cidades dinamizou-se, fazendo surgir novas profissões e aumentando as atividades comerciais, sociais e de trabalho. Teatros, escolas, igrejas e órgãos públicos foram criados nestas cidades. Vila Rica (atual Ouro Preto), Mariana, Tiradentes e São João Del Rei foram algumas das cidades que mais se desenvolveram nesta época.



Vila Rica (atual Ouro Preto): desenvolvimento no século do ouro.






Revoltas 

As cobranças excessivas de impostos, as punições e a fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período. Podemos citar a Revolta de Felipe de Santos, que era contrário ao funcionamento das Casas de Fundição. A própria Inconfidência Mineira (1789) surgiu da insatisfação com as atitudes da metrópole. Liderados por Tiradentes, os inconfidentes planejavam tornar o Brasil independente de Portugal, livrando o país do controle metropolitano. Apesar de ter sido sufocada, a Inconfidência Mineira tornou-se o símbolo da resistência brasileira.

http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/ciclo_ouro.htm

A Restauração: O Fim da União Ibérica e as Consequências para a Colônia

Em 1640 chegou ao fim a União Ibérica, graças ao movimento que ficou conhecido como Restauração (recuperação). Este movimento significou o retorno da autonomia política de Portugal, agora sob a dinastia dos Bragança, sendo seu primeiro rei D. João IV. A aliança entre os portugueses e a República das Províncias Unidas, sua aliada na luta pela independência contra a Espanha, propiciou uma trégua aos combates, o que foi muito bom para os negócios holandeses na Colônia.
No entanto, desde a saída de Conde Maurício de Nassau do governo dominado pelos holandeses na América, em 1644, foi-se ampliando um clima de descontentamento entre os colonos, provocado por incompatibilidades com o novo rumo dado à administração da capitania pela Companhia das Índias, considerado prejudicial aos seus negócios. Entre outras coisas, a Companhia passou a cobrar os empréstimos concedidos por Nassau, e quando esses não eram pagos, os juros aplicados eram extorsivos. E isso numa época de má colheita, provocada por secas e inundações alternadas e a queda de preço internacional do açúcar, em torno de 25%. Além do mais, os holandeses passaram a exercer um controle rigoroso na questão religiosa, perseguindo os católicos. Proibiam a vinda de novos padres para substituir os que morriam ou adoeciam.
Em 1645 teve início um movimento de revolta contra o domínio holandês que ficou conhecido como Insurreição Pernanbucana.
Lideraram o movimento: os senhores de engenho João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, o índio Filipe Camarão, e o negro Henrique Dias. Após violentas lutas, como o combate do Monte das Tabocas (1645) e as duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649), os holandeses foram finalmente derrotados.
Embora expulsos do Brasil, os holandeses somente reconheram a perda do litoral nordestino em 1661, quando assinaram a Paz de Haia com Portugal e, em 1669, acertaram o recebimento de uma grande indenização por conta das terras perdidas.
A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios problemas para a economia da Colônia portuguesa na América. Eles passaram a produzir açúcar nas Antilhas, região da América Central, comercializando-o a um preço mais baixo na Europa. Além disso detinham o domínio sobre os mercados consumidores europeus. A concorrência do açúcar antilhano provocou a queda do preço do açúcar em cerca de 50% e determinou o fim do monopólio português sobre o produto. Foi o início da decadência da empresa açucareira no Brasil. 

http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/restauracao.html

União ibérica foi a unidade política que regeu a península ibérica de 1580 a 1640[1] , resultado da união dinástica entre as monarquias de Portugal e de Espanha após a Guerra da Sucessão Portuguesa.[2] Na sequência da crise de sucessão de 1580 em Portugal, uma união dinástica que juntou as duas coroas, bem como as respectivas possessões coloniais, sob o controle da monarquia espanhola durante a chamada dinastia Filipina. O termo união ibérica é uma criação de historiadores modernuos.(dai
A unificação da península havia sido desde há séculos um objetivo dos monarcas da região. Sancho III de Navarra e Afonso VII de Leão e Castela ambos tomaram o título de Imperator totius Hispaniae, que significa "Imperador de Toda a Hispânia".[nota 1] A união poderia ter sido alcançada antes se Miguel da Paz (1498-1500), Príncipe de Portugal e das Astúrias, filho do primeiro casamento do rei D. Manuel I com a infanta Isabel de Aragão, tivesse chegado a rei, mas este morreu na infância.
A história de Portugal desde a crise de sucessão iniciada em 1578 até aos primeiros monarcas da dinastia de Bragança foi um período de transição. O Império Português estava no auge no início deste período.
Ao longo do século XVII, a crescente predação às feitorias portuguesas no Oriente por holandeses, ingleses e franceses, e a rápida intrusão no comércio atlântico de escravos, minou o lucrativo monopólio português no comércio oceânico de especiarias e no tráfico de escravos, iniciando um longo declínio. Em menor medida, o desvio de riqueza de Portugal pela monarquia dos Habsburgo para sustentar o lado católico na Guerra dos Trinta Anos, também criou tensões dentro da união, embora Portugal tenha beneficiado do poderio militar espanhol para ajudar a manter o Brasil e impedir o comércio holandês. Estes eventos, e aqueles que ocorreram no final da dinastia de Aviz e no período da união ibérica, levaram Portugal a um estado de dependência das suas colónias, primeiro da Índia e depois o Brasil.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Ib%C3%A9rica

A colonização portuguesa da América ou América portuguesa constituiu o conjunto dos territórios do continente americano pertencentes à Coroa de Portugal.[1] Atualmente, a América Portuguesa consiste em sua maior parte na atual República Federativa do Brasil, mas também pelas atuais províncias canadense da Terra Nova e Labrador (tanto a ilha da Terra Nova quanto a região do Labrador ficaram sob o domínio português) e Nova Escócia, pelo país centro-americano de Barbados, pelo Uruguai e pelo departamento de ultramar francês da Guiana Francesa.[nota 1]
A colonização portuguesa da América é marcada pela criação das capitanias hereditárias, iniciando-se com o início do povoamento (fim do período pré-colonial brasileiro, em 1530) e não com o descobrimento do Brasil pelos portugueses[2] , se estendendo até a sua elevação a reino unido com Portugal e Algarves, em 1815.[nota 2] Em contraste a fragmentação das possessões espanholas vizinhas, as colônias portuguesas na América formaram uma unidade e integridade territorial linguística após a independência, dando origem ao maior país da região.
Os termos Brasil Colônia, Brasil colonial são categorias de análise historiográfica e se baseiam no Estado do Brasil, referindo-se às colônias portuguesas na América que formaram, em 1815, o Reino do Brasil. Durou do século XVI ao XIX, especificamente entre 1500 e 1815, tendo variações geográficas ao longo de seus quase 3 séculos de existência, como a existência do Estado do Maranhão, criado em 1621 a partir da repartição norte da América portuguesa, que foi incorporado ao Estado do Brasil em 1775.
A economia da América portuguesa caracterizou-se pelo tripé monocultura, latifúndio e mão de obra escrava, e, apesar das grandes diferenças regionais, manteve-se, no período colonial, a unidade linguística, tendo se formado, nessa época, o povo brasileiro, junção e miscigenação de europeus, africanos, Indígenas do Brasil, formando uma cultura autóctone característica.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_portuguesa_das_Am%C3%A9ricas

O SISTEMA DE COLONIZAÇÃO ESPANHOLA

A Coroa espanhola sabia que não bastava ter a premazia de chegada á América. Era preciso se estabelecer, de fato, nas novas terras uma das formas de afirmação desses Estados era justamente à disputa territorial com outros estados. Por essa razão, uma vez iniciada, uma vez iniciada a conquista, a coroa espanhola decidiu se fixar na América, o primeiro passo para isso foi o Tratado de Tordesilhas, instituiu a Casa de Contratação e o Conselho das Índias.
A Casa de Contratação organizava o comércio e a fiscaliza o recolhimento de impostos.
O Conselho das Índias Incubido de centralizar a administração das colônias.
O trabalho dos nativos; escravidão dos índios ; a encamienda; o repartimento; escravidão negra.
O Trabalho dos Nativos: Partindo das Canarias Colombo chegou as ilhas Lucaias pensando ter chegado as Índias, chamou os habitantes de índios nome que persistiu até hoje, os espanhóis penetraram nelas em busca de riquezas, escravizaram esses povos forçando-os em trabalho nas minas de ouro, e de prata e na agricultura.
A exploração dava-se de forma rudimentar trazendo grande destruição das matas. Os traficantes geralmente contavam com a ajuda dos índios, eles cortavam a madeira e a levavam até os navios em troca de peças de tecido, roupas, conjas coloridas, canivetes, facas e raramente serras e machados.
A Escravidão dos Índios: Inicialmente, tentou usar o trabalho dos índios que tinham colaborado de forma dócil na extração do Pau-Brasil, e o colonizador pensou o mesmo aconteceria com o trabalho agrícola.
Mas eles aos poucos não se satisfaziam com os objetos recebidos com o trabalho pesado.
Também não se submetiam facilmente as condições exigidas pelos colonizadores.
Em pouco tempo generalizou-se a escravidão dos índios, eles resistiam mas, apesar de superioridade numérica, eram derrotados pela superioridade das armas de fogo dos colonizadores.
Uma carta regida autorizava a escravidão de índios presos em guerras justas, isto é, iniciadas pelos índios ou promovida contra tribos que negassem a submeter-se aos colombos.
Legalizavam a escravidão dos índios sob pretexto de defende-los.
Na impossibilidade de contar em grande escala com o trabalho indígena no século XV começou a escravidão negra.

http://www.fontedosaber.com/historia/a-america-de-colonizacao-espanhola.html




O PACTO COLONIAL 

A montagem do Sistema Colonial português e espanhol em terras americanas se deu a partir do século XVI, principalmente através da produção e comercialização de açúcar e da extração de metais preciosos por Portugal e Espanha, respectivamente. No caso da colônia portuguesa, o Nordeste brasileiro, sobretudo regiões como as do atual estado do Pernambuco, era o centro da atividade econômica açucareira. Entretanto, ainda no século XVI, Portugal passou a contar com a participação da eficiência holandesa, sobretudo de judeus holandeses, no âmbito do comércio de açúcar. Essa participação implicava desde financiamento de engenhos até o refinamento do produto (açúcar) em território holandês.
A máquina econômica colonial portuguesa estava a todo vapor. E, sendo assim, tornava-se necessária a precaução contra as tentativas de usurpação que outras nações promoviam contra Portugal, o que era típico no sistema mercantilista. No sistema mercantilista, as colônias – como o Brasil – eram encaradas como extensões de suas metrópoles – os países europeus, como Portugal, de modo que estas pretendiam exercer controle efetivo e total sobre o que aquelas produziam. Isto era encarado pelas metrópoles como uma “missão” ou “intervenção civilizadora”.
Essa relação de dominação integral da colônia pela metrópole constituiu uma das características do mercantilismo que foi denominada Pacto Colonial. O Pacto Colonial consistia num conjunto de regras e acordos firmados entre a metrópole e os colonos, que tinha por objetivo assegurar que a exclusividade dos lucros da produção colonial seria remetido tão somente à sua metrópole de origem. Essa política ficou conhecida como exclusivo metropolitano ou exclusivo colonial.
Associava-se ao Pacto Colonial a acumulação de metais preciosos e moedas (de ouro e prata) para garantir à metrópole uma valorização de sua economia e de seu estado. Isso ficou conhecido como metalismo. A Espanha, por ter encontrado outro e prata com maior facilidade, passou a dominar o acúmulo de metais na época e a atrair investimentos de outras metrópoles, como a portuguesa e a inglesa.
Soma-se a essas características organizadoras do Pacto Colonial, a busca pela balança comercial favorável à metrópole, o que implicava a política do protecionismo, que consistia na criação de dificuldades para a entrada de produtos na metrópole que procedessem de outros reinos. Isso garantia um monopólio da venda do produto que era trabalhado a partir da exploração das colônias.
O Pacto Colonial só terminou com o advento de outra forma de economia na modernidade, mais complexa que o sistema mercantilista; isto é: o sistema capitalista que, com o desenvolvimento da indústria, a partir do século XVIII, mudou os eixos do sistema de produção, distribuição e consumo de produtos. Fato que transformou radicalmente a relação entre as nações do continente europeu e suas colônias – que se tornaram ex-colônias através de insurreições, revoltas e guerras políticas.

Fonte: http://historiadomundo.uol.com.br/idade-moderna/o-pacto-colonial.htm