Introdução
No final do século XVII, as exportações de
açúcar
brasileiro (produzido nos engenhos do nordeste) começaram a diminuir.
Isto ocorreu, pois a Holanda havia começado a produzir este produto nas
ilhas da América Central. Com preços mais baixos e boa qualidade, o
mercado consumidor europeu passou a dar preferência para o açúcar
holandês.
Crise do açúcar e a descoberta das minas de ouro
Esta crise no mercado de açúcar brasileiro, colocou Portugal numa
situação de buscar novas fontes de renda, pois, como sabemos, os
portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados no Brasil. Foi
neste contexto que os
bandeirantes, no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em
Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.
A descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira “corrida do
ouro”, durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros de
todas as partes, e até mesmo portugueses, passaram a migrar para as
regiões auríferas, buscando o enriquecimento rápido. Doce ilusão, pois a
exploração de minas de ouro dependia de altos investimentos em
mão-de-obra (escravos africanos), equipamentos e compra de terrenos.
Somente os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes
conseguiram investir neste lucrativo mercado.
Cobrança de impostos
A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem
encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era
cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia
o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e
retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o
procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos
sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias
como, por exemplo, o degredo.
Além do quinto, Portugal cobrava de cada região aurífera uma certa
quantidade de ouro (aproximadamente 1000 kg anuais). Quando esta taxa
não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam
nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor
devido. Esta cobrança gerou muito revolta entre a população.
Mudança da capital
Com a exploração do ouro, a região Sudeste desenvolveu-se muito,
enquanto o Nordeste começou a entrar em crise. Neste contexto, a coroa
portuguesa resolveu mudar a capital da colônia de Salvador para o
Rio de Janeiro. Desta forma, pretendia deixar a capital próxima ao novo pólo de desenvolvimento econômico.
Desenvolvimento das cidades
Nas regiões auríferas, várias
cidades cresceram e muitas surgiram neste período. A vida nas cidades
dinamizou-se, fazendo surgir novas profissões e aumentando as atividades
comerciais, sociais e de trabalho. Teatros, escolas, igrejas e órgãos
públicos foram criados nestas cidades. Vila Rica (atual Ouro Preto),
Mariana, Tiradentes e São João Del Rei foram algumas das cidades que
mais se desenvolveram nesta época.
Vila Rica (atual Ouro Preto): desenvolvimento no século do ouro.
Revoltas
As cobranças excessivas de impostos, as punições e a fiscalização da
coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas
ocorreram neste período. Podemos citar a Revolta de Felipe de Santos,
que era contrário ao funcionamento das Casas de Fundição. A própria
Inconfidência Mineira (1789) surgiu da insatisfação com as atitudes da
metrópole. Liderados por
Tiradentes,
os inconfidentes planejavam tornar o Brasil independente de Portugal,
livrando o país do controle metropolitano. Apesar de ter sido sufocada, a
Inconfidência Mineira tornou-se o símbolo da resistência brasileira.
http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/ciclo_ouro.htm
A Restauração: O Fim da União Ibérica e as Consequências para a Colônia
Em 1640 chegou ao fim a União Ibérica, graças ao movimento que ficou conhecido como Restauração
(recuperação). Este movimento significou o retorno da autonomia
política de Portugal, agora sob a dinastia dos Bragança, sendo seu
primeiro rei D. João IV. A aliança entre os portugueses e a República
das Províncias Unidas,
sua aliada na luta pela independência contra a Espanha, propiciou uma
trégua aos combates, o que foi muito bom para os negócios holandeses na
Colônia.
No entanto, desde a saída de Conde Maurício de Nassau do governo
dominado pelos holandeses na América, em 1644, foi-se ampliando um clima
de descontentamento entre os
colonos,
provocado por incompatibilidades com o novo rumo dado à administração
da capitania pela Companhia das Índias, considerado prejudicial aos seus
negócios. Entre outras coisas, a Companhia passou a cobrar os
empréstimos concedidos por Nassau, e quando esses não eram pagos, os
juros aplicados eram extorsivos. E isso numa época de má colheita,
provocada por secas e inundações alternadas e a queda de preço
internacional do açúcar, em torno de 25%. Além do mais, os holandeses
passaram a exercer um controle rigoroso na questão religiosa,
perseguindo os católicos. Proibiam a vinda de novos padres para
substituir os que morriam ou adoeciam.
Em 1645 teve início um movimento de revolta contra o domínio holandês que ficou conhecido como Insurreição Pernanbucana.
Lideraram o movimento: os senhores de engenho João Fernandes Vieira e
André Vidal de Negreiros, o índio Filipe Camarão, e o negro Henrique
Dias. Após violentas lutas, como o combate do Monte das Tabocas (1645) e
as duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649), os holandeses foram
finalmente derrotados.
Embora
expulsos do Brasil, os holandeses somente reconheram a perda do litoral
nordestino em 1661, quando assinaram a Paz de Haia com Portugal e, em
1669, acertaram o recebimento de uma grande indenização por conta das
terras perdidas.
A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios problemas para a
economia da Colônia portuguesa na América. Eles passaram a produzir
açúcar nas Antilhas, região da América Central, comercializando-o a um
preço mais baixo na Europa. Além disso detinham o domínio sobre os
mercados consumidores europeus. A concorrência do açúcar antilhano
provocou a queda do preço do açúcar em cerca de 50% e determinou o fim
do
monopólio português sobre o produto. Foi o início da decadência da empresa açucareira no Brasil.
http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/restauracao.html
União ibérica foi a unidade política que regeu a
península ibérica de
1580 a
1640[1] , resultado da união dinástica entre as
monarquias de Portugal e de
Espanha após a
Guerra da Sucessão Portuguesa.
[2] Na sequência da
crise de sucessão de 1580
em Portugal, uma união dinástica que juntou as duas coroas, bem como as
respectivas possessões coloniais, sob o controle da monarquia espanhola
durante a chamada
dinastia Filipina. O termo união ibérica é uma criação de historiadores modernuos.(dai
A unificação da península havia sido desde há séculos um objetivo dos monarcas da região.
Sancho III de Navarra e
Afonso VII de Leão e Castela ambos tomaram o título de
Imperator totius Hispaniae, que significa "Imperador de Toda a Hispânia".
[nota 1] A união poderia ter sido alcançada antes se
Miguel da Paz (1498-1500), Príncipe de Portugal e das Astúrias, filho do primeiro casamento do rei
D. Manuel I com a infanta
Isabel de Aragão, tivesse chegado a rei, mas este morreu na infância.
A
história de Portugal desde a crise de sucessão iniciada em 1578 até aos primeiros monarcas da
dinastia de Bragança foi um período de transição. O
Império Português estava no auge no início deste período.
Ao longo do século XVII, a crescente predação às feitorias
portuguesas no Oriente por holandeses, ingleses e franceses, e a rápida
intrusão no
comércio atlântico de escravos,
minou o lucrativo monopólio português no comércio oceânico de
especiarias e no tráfico de escravos, iniciando um longo declínio. Em
menor medida, o desvio de riqueza de Portugal pela
monarquia dos Habsburgo para sustentar o lado católico na
Guerra dos Trinta Anos,
também criou tensões dentro da união, embora Portugal tenha beneficiado
do poderio militar espanhol para ajudar a manter o Brasil e impedir o
comércio holandês. Estes eventos, e aqueles que ocorreram no final da
dinastia de Aviz
e no período da união ibérica, levaram Portugal a um estado de
dependência das suas colónias, primeiro da Índia e depois o Brasil.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Ib%C3%A9rica
A
colonização portuguesa da América ou
América portuguesa constituiu o conjunto dos territórios do
continente americano pertencentes à
Coroa de Portugal.
[1] Atualmente, a América Portuguesa consiste em sua maior parte na atual
República Federativa do Brasil, mas também pelas atuais
províncias canadense da
Terra Nova e Labrador (tanto a ilha da
Terra Nova quanto a região do
Labrador ficaram sob o domínio português) e
Nova Escócia, pelo
país centro-americano de
Barbados, pelo
Uruguai e pelo
departamento de ultramar francês da
Guiana Francesa.
[nota 1]
A colonização portuguesa da América é marcada pela criação das
capitanias hereditárias, iniciando-se com o início do povoamento (fim do
período pré-colonial brasileiro, em
1530) e não com o
descobrimento do Brasil pelos portugueses
[2] , se estendendo até a sua elevação a
reino unido com
Portugal e Algarves, em
1815.
[nota 2]
Em contraste a fragmentação das possessões espanholas vizinhas, as
colônias portuguesas na América formaram uma unidade e integridade
territorial linguística após a
independência, dando origem ao maior país da região.
Os termos
Brasil Colônia,
Brasil colonial são categorias de análise historiográfica e se baseiam no
Estado do Brasil, referindo-se às colônias portuguesas na América que formaram, em
1815, o
Reino do Brasil.
Durou do século XVI ao XIX, especificamente entre 1500 e 1815, tendo
variações geográficas ao longo de seus quase 3 séculos de existência,
como a existência do
Estado do Maranhão, criado em 1621 a partir da repartição norte da América portuguesa, que foi incorporado ao
Estado do Brasil em 1775.
A economia da América portuguesa caracterizou-se pelo tripé
monocultura,
latifúndio e
mão de obra escrava, e, apesar das grandes diferenças regionais, manteve-se, no período colonial, a unidade
linguística, tendo se formado, nessa época, o
povo brasileiro, junção e miscigenação de
europeus,
africanos,
Indígenas do Brasil, formando uma
cultura autóctone característica.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_portuguesa_das_Am%C3%A9ricas
O SISTEMA DE COLONIZAÇÃO ESPANHOLA
A Coroa espanhola sabia que não bastava
ter a premazia de chegada á América. Era preciso se estabelecer, de
fato, nas novas terras uma das formas de afirmação desses Estados era
justamente à disputa territorial com outros estados. Por essa razão, uma
vez iniciada, uma vez iniciada a conquista, a coroa espanhola decidiu
se fixar na América, o primeiro passo para isso foi o Tratado de
Tordesilhas, instituiu a Casa de Contratação e o Conselho das Índias.
A Casa de Contratação organizava o comércio e a fiscaliza o recolhimento de impostos.
O Conselho das Índias Incubido de centralizar a administração das colônias.
O trabalho dos nativos; escravidão dos índios ; a encamienda; o repartimento; escravidão negra.
O Trabalho dos Nativos: Partindo das
Canarias Colombo chegou as ilhas Lucaias pensando ter chegado as Índias,
chamou os habitantes de índios nome que persistiu até hoje, os
espanhóis penetraram nelas em busca de riquezas, escravizaram esses
povos forçando-os em trabalho nas minas de ouro, e de prata e na
agricultura.
A exploração dava-se de forma rudimentar
trazendo grande destruição das matas. Os traficantes geralmente
contavam com a ajuda dos índios, eles cortavam a madeira e a levavam até
os navios em troca de peças de tecido, roupas, conjas coloridas,
canivetes, facas e raramente serras e machados.
A Escravidão dos Índios: Inicialmente,
tentou usar o trabalho dos índios que tinham colaborado de forma dócil
na extração do Pau-Brasil, e o colonizador pensou o mesmo aconteceria
com o trabalho agrícola.
Mas eles aos poucos não se satisfaziam com os objetos recebidos com o trabalho pesado.
Também não se submetiam facilmente as condições exigidas pelos colonizadores.
Em pouco tempo generalizou-se a
escravidão dos índios, eles resistiam mas, apesar de superioridade
numérica, eram derrotados pela superioridade das armas de fogo dos
colonizadores.
Uma carta regida autorizava a escravidão
de índios presos em guerras justas, isto é, iniciadas pelos índios ou
promovida contra tribos que negassem a submeter-se aos colombos.
Legalizavam a escravidão dos índios sob pretexto de defende-los.
Na impossibilidade de contar em grande escala com o trabalho indígena no século XV começou a escravidão negra.
http://www.fontedosaber.com/historia/a-america-de-colonizacao-espanhola.html