domingo, 26 de junho de 2016

Introdução

No final do século XVII, as exportações de açúcar brasileiro (produzido nos engenhos do nordeste) começaram a diminuir. Isto ocorreu, pois a Holanda havia começado a produzir este produto nas ilhas da América Central. Com preços mais baixos e boa qualidade, o mercado consumidor europeu passou a dar preferência para o açúcar holandês.

Crise do açúcar e a descoberta das minas de ouro 

Esta crise no mercado de açúcar brasileiro, colocou Portugal numa situação de buscar novas fontes de renda, pois, como sabemos, os portugueses lucravam muito com taxas e impostos cobrados no Brasil. Foi neste contexto que os bandeirantes, no final do século XVII, começaram a encontrar minas de ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Portugal viu nesta atividade uma nova fonte de renda.

A descoberta de ouro no Brasil provocou uma verdadeira “corrida do ouro”, durante todo século XVIII (auge do ciclo do ouro). Brasileiros de todas as partes, e até mesmo portugueses, passaram a migrar para as regiões auríferas, buscando o enriquecimento rápido. Doce ilusão, pois a exploração de minas de ouro dependia de altos investimentos em mão-de-obra (escravos africanos), equipamentos e compra de terrenos. Somente os grandes proprietários rurais e grandes comerciantes conseguiram investir neste lucrativo mercado.

Cobrança de impostos 

A coroa portuguesa lucrava com a cobrança de taxas e impostos. Quem encontrava ouro na colônia deveria pagar o quinto. Este imposto era cobrado nas Casas de Fundição (órgão do governo português), que derretia o ouro, transformava-o em barras (com o selo da coroa portuguesa) e retirava 20% (um quinto) para ser enviado para Portugal. Este era o procedimento legal e exigido pela coroa portuguesa, porém, muitos sonegavam mesmo correndo riscos de prisão ou outras punições mais sérias como, por exemplo, o degredo.

Além do quinto, Portugal cobrava de cada região aurífera uma certa quantidade de ouro (aproximadamente 1000 kg anuais). Quando esta taxa não era paga, havia a execução da derrama. Neste caso, soldados entravam nas residências e retiravam os bens dos moradores até completar o valor devido. Esta cobrança gerou muito revolta entre a população.

Mudança da capital 

Com a exploração do ouro, a região Sudeste desenvolveu-se muito, enquanto o Nordeste começou a entrar em crise. Neste contexto, a coroa portuguesa resolveu mudar a capital da colônia de Salvador para o Rio de Janeiro. Desta forma, pretendia deixar a capital próxima ao novo pólo de desenvolvimento econômico.

Desenvolvimento das cidades

Nas regiões auríferas, várias cidades cresceram e muitas surgiram neste período. A vida nas cidades dinamizou-se, fazendo surgir novas profissões e aumentando as atividades comerciais, sociais e de trabalho. Teatros, escolas, igrejas e órgãos públicos foram criados nestas cidades. Vila Rica (atual Ouro Preto), Mariana, Tiradentes e São João Del Rei foram algumas das cidades que mais se desenvolveram nesta época.



Vila Rica (atual Ouro Preto): desenvolvimento no século do ouro.






Revoltas 

As cobranças excessivas de impostos, as punições e a fiscalização da coroa portuguesa provocaram reações na população. Várias revoltas ocorreram neste período. Podemos citar a Revolta de Felipe de Santos, que era contrário ao funcionamento das Casas de Fundição. A própria Inconfidência Mineira (1789) surgiu da insatisfação com as atitudes da metrópole. Liderados por Tiradentes, os inconfidentes planejavam tornar o Brasil independente de Portugal, livrando o país do controle metropolitano. Apesar de ter sido sufocada, a Inconfidência Mineira tornou-se o símbolo da resistência brasileira.

http://www.suapesquisa.com/historiadobrasil/ciclo_ouro.htm

A Restauração: O Fim da União Ibérica e as Consequências para a Colônia

Em 1640 chegou ao fim a União Ibérica, graças ao movimento que ficou conhecido como Restauração (recuperação). Este movimento significou o retorno da autonomia política de Portugal, agora sob a dinastia dos Bragança, sendo seu primeiro rei D. João IV. A aliança entre os portugueses e a República das Províncias Unidas, sua aliada na luta pela independência contra a Espanha, propiciou uma trégua aos combates, o que foi muito bom para os negócios holandeses na Colônia.
No entanto, desde a saída de Conde Maurício de Nassau do governo dominado pelos holandeses na América, em 1644, foi-se ampliando um clima de descontentamento entre os colonos, provocado por incompatibilidades com o novo rumo dado à administração da capitania pela Companhia das Índias, considerado prejudicial aos seus negócios. Entre outras coisas, a Companhia passou a cobrar os empréstimos concedidos por Nassau, e quando esses não eram pagos, os juros aplicados eram extorsivos. E isso numa época de má colheita, provocada por secas e inundações alternadas e a queda de preço internacional do açúcar, em torno de 25%. Além do mais, os holandeses passaram a exercer um controle rigoroso na questão religiosa, perseguindo os católicos. Proibiam a vinda de novos padres para substituir os que morriam ou adoeciam.
Em 1645 teve início um movimento de revolta contra o domínio holandês que ficou conhecido como Insurreição Pernanbucana.
Lideraram o movimento: os senhores de engenho João Fernandes Vieira e André Vidal de Negreiros, o índio Filipe Camarão, e o negro Henrique Dias. Após violentas lutas, como o combate do Monte das Tabocas (1645) e as duas batalhas dos Guararapes (1648 e 1649), os holandeses foram finalmente derrotados.
Embora expulsos do Brasil, os holandeses somente reconheram a perda do litoral nordestino em 1661, quando assinaram a Paz de Haia com Portugal e, em 1669, acertaram o recebimento de uma grande indenização por conta das terras perdidas.
A expulsão dos holandeses do Brasil gerou sérios problemas para a economia da Colônia portuguesa na América. Eles passaram a produzir açúcar nas Antilhas, região da América Central, comercializando-o a um preço mais baixo na Europa. Além disso detinham o domínio sobre os mercados consumidores europeus. A concorrência do açúcar antilhano provocou a queda do preço do açúcar em cerca de 50% e determinou o fim do monopólio português sobre o produto. Foi o início da decadência da empresa açucareira no Brasil. 

http://www.multirio.rj.gov.br/historia/modulo01/restauracao.html

União ibérica foi a unidade política que regeu a península ibérica de 1580 a 1640[1] , resultado da união dinástica entre as monarquias de Portugal e de Espanha após a Guerra da Sucessão Portuguesa.[2] Na sequência da crise de sucessão de 1580 em Portugal, uma união dinástica que juntou as duas coroas, bem como as respectivas possessões coloniais, sob o controle da monarquia espanhola durante a chamada dinastia Filipina. O termo união ibérica é uma criação de historiadores modernuos.(dai
A unificação da península havia sido desde há séculos um objetivo dos monarcas da região. Sancho III de Navarra e Afonso VII de Leão e Castela ambos tomaram o título de Imperator totius Hispaniae, que significa "Imperador de Toda a Hispânia".[nota 1] A união poderia ter sido alcançada antes se Miguel da Paz (1498-1500), Príncipe de Portugal e das Astúrias, filho do primeiro casamento do rei D. Manuel I com a infanta Isabel de Aragão, tivesse chegado a rei, mas este morreu na infância.
A história de Portugal desde a crise de sucessão iniciada em 1578 até aos primeiros monarcas da dinastia de Bragança foi um período de transição. O Império Português estava no auge no início deste período.
Ao longo do século XVII, a crescente predação às feitorias portuguesas no Oriente por holandeses, ingleses e franceses, e a rápida intrusão no comércio atlântico de escravos, minou o lucrativo monopólio português no comércio oceânico de especiarias e no tráfico de escravos, iniciando um longo declínio. Em menor medida, o desvio de riqueza de Portugal pela monarquia dos Habsburgo para sustentar o lado católico na Guerra dos Trinta Anos, também criou tensões dentro da união, embora Portugal tenha beneficiado do poderio militar espanhol para ajudar a manter o Brasil e impedir o comércio holandês. Estes eventos, e aqueles que ocorreram no final da dinastia de Aviz e no período da união ibérica, levaram Portugal a um estado de dependência das suas colónias, primeiro da Índia e depois o Brasil.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_Ib%C3%A9rica

A colonização portuguesa da América ou América portuguesa constituiu o conjunto dos territórios do continente americano pertencentes à Coroa de Portugal.[1] Atualmente, a América Portuguesa consiste em sua maior parte na atual República Federativa do Brasil, mas também pelas atuais províncias canadense da Terra Nova e Labrador (tanto a ilha da Terra Nova quanto a região do Labrador ficaram sob o domínio português) e Nova Escócia, pelo país centro-americano de Barbados, pelo Uruguai e pelo departamento de ultramar francês da Guiana Francesa.[nota 1]
A colonização portuguesa da América é marcada pela criação das capitanias hereditárias, iniciando-se com o início do povoamento (fim do período pré-colonial brasileiro, em 1530) e não com o descobrimento do Brasil pelos portugueses[2] , se estendendo até a sua elevação a reino unido com Portugal e Algarves, em 1815.[nota 2] Em contraste a fragmentação das possessões espanholas vizinhas, as colônias portuguesas na América formaram uma unidade e integridade territorial linguística após a independência, dando origem ao maior país da região.
Os termos Brasil Colônia, Brasil colonial são categorias de análise historiográfica e se baseiam no Estado do Brasil, referindo-se às colônias portuguesas na América que formaram, em 1815, o Reino do Brasil. Durou do século XVI ao XIX, especificamente entre 1500 e 1815, tendo variações geográficas ao longo de seus quase 3 séculos de existência, como a existência do Estado do Maranhão, criado em 1621 a partir da repartição norte da América portuguesa, que foi incorporado ao Estado do Brasil em 1775.
A economia da América portuguesa caracterizou-se pelo tripé monocultura, latifúndio e mão de obra escrava, e, apesar das grandes diferenças regionais, manteve-se, no período colonial, a unidade linguística, tendo se formado, nessa época, o povo brasileiro, junção e miscigenação de europeus, africanos, Indígenas do Brasil, formando uma cultura autóctone característica.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Coloniza%C3%A7%C3%A3o_portuguesa_das_Am%C3%A9ricas

O SISTEMA DE COLONIZAÇÃO ESPANHOLA

A Coroa espanhola sabia que não bastava ter a premazia de chegada á América. Era preciso se estabelecer, de fato, nas novas terras uma das formas de afirmação desses Estados era justamente à disputa territorial com outros estados. Por essa razão, uma vez iniciada, uma vez iniciada a conquista, a coroa espanhola decidiu se fixar na América, o primeiro passo para isso foi o Tratado de Tordesilhas, instituiu a Casa de Contratação e o Conselho das Índias.
A Casa de Contratação organizava o comércio e a fiscaliza o recolhimento de impostos.
O Conselho das Índias Incubido de centralizar a administração das colônias.
O trabalho dos nativos; escravidão dos índios ; a encamienda; o repartimento; escravidão negra.
O Trabalho dos Nativos: Partindo das Canarias Colombo chegou as ilhas Lucaias pensando ter chegado as Índias, chamou os habitantes de índios nome que persistiu até hoje, os espanhóis penetraram nelas em busca de riquezas, escravizaram esses povos forçando-os em trabalho nas minas de ouro, e de prata e na agricultura.
A exploração dava-se de forma rudimentar trazendo grande destruição das matas. Os traficantes geralmente contavam com a ajuda dos índios, eles cortavam a madeira e a levavam até os navios em troca de peças de tecido, roupas, conjas coloridas, canivetes, facas e raramente serras e machados.
A Escravidão dos Índios: Inicialmente, tentou usar o trabalho dos índios que tinham colaborado de forma dócil na extração do Pau-Brasil, e o colonizador pensou o mesmo aconteceria com o trabalho agrícola.
Mas eles aos poucos não se satisfaziam com os objetos recebidos com o trabalho pesado.
Também não se submetiam facilmente as condições exigidas pelos colonizadores.
Em pouco tempo generalizou-se a escravidão dos índios, eles resistiam mas, apesar de superioridade numérica, eram derrotados pela superioridade das armas de fogo dos colonizadores.
Uma carta regida autorizava a escravidão de índios presos em guerras justas, isto é, iniciadas pelos índios ou promovida contra tribos que negassem a submeter-se aos colombos.
Legalizavam a escravidão dos índios sob pretexto de defende-los.
Na impossibilidade de contar em grande escala com o trabalho indígena no século XV começou a escravidão negra.

http://www.fontedosaber.com/historia/a-america-de-colonizacao-espanhola.html




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