sábado, 25 de junho de 2016

Sociedade Colonial

A elite branca, proprietária de terras e de escravos, situava-se no topo da pirâmide social da Colônia. Os senhores de engenho, donos de imensa fortuna e dominando grande número de pessoas, “formavam uma aristocracia de riqueza e poder, mas não uma nobreza hereditária do tipo que existia na Europa. O rei concedia títulos de nobreza por serviços prestados ou mediante pagamento”. (Boris Fausto, História do Brasil,EDUSP, p.80) Eram os brancos ricos que exerciam o poder político na Colônia, monopolizando as decisões. Por exercerem seu controle sobre a massa da população colonial (negros e brancos pobres), os senhores tinham grande prestígio social.
A base da sociedade colonial brasileira era formada pelos negros escravos. O trabalho compulsório, em processo de extinção na Europa, foi adotado no Novo Mundo dadas as condições da formação e consolidação do capitalismo comercial: no século XVI, o objetivo maior das potências europeias era o acúmulo de riqueza e, para atingi-lo, foi utilizado em diversas colônias da América, o trabalho escravo. No caso português, a opção teve como incentivo a escassez de mão de obra livre pela falta de excedente populacional na metrópole que pudesse suprir as necessidades coloniais. Além disso, quem seria o trabalhador livre que, chegando ao território brasileiro e deparando-se com a imensidão de terra ociosa, estaria disposto a trabalhar em troca de um salário na propriedade de outros? E ainda, o tráfico de africanos era um negócio altamente rentável para os mercadores lusos, que detinham o monopólio desse setor do comércio internacional.
A sociedade colonial - o tráfico escravista
O tráfico escravista: negros num navio “tumbeiro”
"Os escravos são as mãos e os pés dos senhores de engenho", afirmava, em 1711, o jesuíta Antonil, observando a importância econômica dos escravos na sociedade patriarcal brasileira. Eram eles que desempenhavam todas as atividades produtivas no universo do engenho: trabalhavam nos canaviais, plantando e colhendo cana; cuidavam da transformação da cana em açúcar na fábrica dos engenhos; dedicavam-se a todas as atividades domésticas da casa-grande, como cozinheiras, cos­tureiras, mucamas, cocheiros, amas de leite, moleques de recado entre outras; mantinham, na maioria das vezes, uma roça de onde extraíam parte de sua subsistência; e tratavam dos animais e de todos os afazeres necessários à sobrevivência do engenho. Também nas cidades, os escravos eram responsáveis por todas as atividades que demandassem qualquer espécie de esforço físico.
A primeira leva de escravos africanos desembarcou no Brasil em 1550, no porto de Salvador. Ao longo do período colonial e até a extinção da escravidão no Brasil, milhões de negros, capturados na África e transportados em tumbeiros, vieram para as terras brasileiras, para trabalhar nas mais diversas atividades econômicas. Os principais grupos de africanos desembar­cados no Brasil foram os sudaneses, originários da Nigéria, Daomé (hoje, Benin) e Costa do Ouro, contando com grupos islamizados, denominados malês, e os bantos, de Angola, Congo e Moçambique.

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